Lula escanteia Padilha na articulação política
Presidente mantém ministro, mas tem escalado outros nomes para fazer a articulação política do governo com o Congresso
Apesar de manter Alexandre Padilha na pasta das Relações Institucionais, o presidente Lula (PT) tem escalado outros nomes do governo para fazer a articulação política do governo com o Congresso Nacional. Padilha é desafeto do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e recentemente foi classificado como “incompetente” pelo deputado.
Mesmo com o desgate com Arthur Lira, com quem não negocia desde o final do ano passado, Padilha tem sido mantido no posto do presidente Lula. A “teimosia” do petista é vista nos bastidores como uma forma de o Palácio do Planalto não ceder ao movimento de pressão do presidente da Câmara.
“Só de teimosia, o Padilha vai ficar muito tempo nesse ministério, porque não tem ninguém mais preparado para lidar com a adversidade dentro do Congresso Nacional do que o companheiro Padilha”, disse Lula no último dia 12.
Outros articuladores
Contudo, Lula tem escalado outros integrantes do governo para fazer o papel de Padilha junto ao Congresso Nacional. No caso de Lira, a negociação vem sendo conduzida pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Além disso, o presidente cobrou nesta segunda-feira, 22, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também atuem nas negociações com a Câmara e Senado.
“Isso significa que o (vice-presidente) Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social) o Rui Costa (da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B”, disse Lula no Planalto.
Na semana passada, durante reunião de emergência, Lula ouviu de seus líderes que o modelo em que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, negocia com Lira, enquanto o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, trata com os líderes partidários, não está funcionando. A avaliação é que essa função exige agilidade e dedicação para discutir temas em tramitação no Congresso.
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