O porta-voz de Lula, André Singer, está alucinado.

Ele disse que, se o comandante máximo da ORCRIM for impedido de se candidatar em 2018, o Brasil vai virar uma ditadura.

Leia um trecho de sua coluna na Folha de S. Paulo:

“No lusco-fusco em que nos encontramos — uma situação que oscila entre a plenitude democrática e surtos de exceção ocasionais, porém frequentes — o destino jurídico do líder petista será chave. Caso Lula possa candidatar-se, a recomposição do tecido democrático esgarçado pelo golpe parlamentar ganha densidade. Na hipótese contrária, a instabilidade tende a se prolongar, abrindo caminho para saídas autoritárias”.

Para André Singer, a democracia depende exclusivamente de Lula, porque só ele é capaz de “encarnar a base popular”.

Veja aqui:

“Não importa que Lula ganhe, e sim que consiga concorrer em igualdade de condições. Estaria, assim, garantida a chance de alternância de poder, elemento indispensável do processo democrático”.

A conta corrente de Lula no departamento de propinas da Odebrecht, segundo seu porta-voz, transformou-o num novo JK:

“Lula encontra-se, como Juscelino Kubitschek após o golpe de 1964, à espera de que o calendário eleitoral se cumpra e ele possa concorrer para promover a conciliação. Naquela ocasião, os militares, por verem JK como a volta do populismo, cancelaram a eleição presidencial direta por um quarto de século. Que 1965 não se repita”.