Lula e o “monstro” que sai do ventre
"Que monstro vai sair do ventre dessa menina?", questionou o presidente em entrevista à CBN, quando comentava o PL sobre aborto a cuja urgência seu governo não se opôs
Lula (foto) se encheu de valentia para falar, em entrevista à CBN, sobre os projetos de lei da saidinha e do aborto, após seu governo não demonstrar empenho contra nenhuma das propostas. Mas no caso do aborto o petista se empolgou tanto que atingiu inocentes.
Ao afetar repúdio pelo projeto de lei que teve urgência aprovada sem oposição de seu governo na Câmara dos Deputados, o presidente desumanizou o feto resultante do estupro.
“Que monstro vai sair do ventre dessa menina?”, questionou o petista. Pelo jeito, para ele, filho de monstro, monstrinho é.
E você não vai ouvir essa frase de Lula, destacada por O Antagonista, em todo lugar. Ao compartilhar o trecho da entrevista do petista sobre o PL do aborto, a Globo News não a incluiu:
Assista à declaração de Lula na íntregra:
Valentia
O comentário de Lula sobre o aborto foi apenas uma das eloquentes demonstrações da distância entre a realidade de seu governo e a imagem que ele pretendeu projetar ao longo da entrevista à CBN.
Em resposta a questionamento sobre a relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, o petista demonstrou uma valentia que não se viu quando ele vetou parcialmente o projeto de lei que acabou com as saidinhas de presos em datas comemorativas.
Lula também ignorou seus primeiros governos ao dizer que “há 40 anos a indústria automobilística não fazia investimentos no Brasil”, disparou mais uma vez contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — agora envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas — e atingiu o ápice do cinismo ao responsabilizar o Congresso pela taxação das compras do exterior de até 50 dólares.
A entrevista concedida pelo petista nesta terça-feira disse muito mais do que ele pretendia, e, em sua maior parte, exatamente o oposto do que ele queria. É o retrato involuntário de um governo que quer e não quer, faz e não faz, ao mesmo tempo. Só acredita quem não está prestando atenção.
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