Lula compara Marta a Rivellino e passa recado a resistentes do PT
Lula defendeu a volta de Marta Suplicy ao PT em cerimônia de refiliação em São Paulo nesta sexta-feira, 2 de fevereiro
Lula (PT) defendeu a volta de Marta Suplicy (PT) ao PT em cerimônia de refiliação em São Paulo nesta sexta-feira, 2 de fevereiro, quase dez anos após o rompimento entre a ex-prefeita e a sigla.
Ele chegou a compará-la ao ídolo da seleção brasileira Roberto Rivellino, meio-campista da seleção tricampeã do mundo, em 1970.
“Você não sabe como eu fiquei triste o dia [em] que o Corinthians perdeu do Palmeiras de 1×0 em [19]74, e o Rivellino foi obrigado a sair do Corinthians, porque a torcida culpou ele pela derrota”, disse Lula.
“E o Corinthians perdeu o seu maior ídolo, que foi jogar no Fluminense, e nunca deixou de ser corintiano”, acrescentou.
Lula também mandou um recado àqueles que resistem à refiliação de Marta com a alusão a Rivellino.
“Até hoje, velhinho, fazendo propaganda, ele continua corintiano, e nós, corintianos, nunca deixamos de ver o Rivellino como corintiano. Você é o nosso Rivellino da política, você continua no PT”, afirmou.
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Marta pode ter filiação impugnada?
Valter Pomar, membro do Diretório Nacional do PT e secretário-executivo do Foro de São Paulo de 2005 a 2013, promete seguir em sua batalha contra o retorno de Marta ao partido. Em texto publicado em seu blog na quarta-feira, 31, Pomar rebate declaração do ex-deputado Adriano Diogo, também petista, que ele descreve como “grande militante, dos que combateram contra a ditadura e seguiram pela esquerda desde então”.
Diogo propôs, em entrevista a um blog petista, erguer uma estátua para Marta. “Na minha opinião, a entrevista de Adriano chega a ser sóbria, quando comparada a um vídeo onde Marta é apresentada ao som da clássica ‘De volta para o aconchego’”, analisa Pomar.
“Outra coisa”
O dirigente petista pondera: “Sem dúvida, a gestão da então petista Marta como prefeita de São Paulo tem enormes méritos. E quem a defende como vice de Boulos, a começar pelo próprio, tem a expectativa de que estes méritos passados movam moinho. Da minha parte, espero que tenham razão”.
“Mas, como já disse noutras oportunidades, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Uma coisa é aceitar a Marta como vice, outra coisa é recebê-la de volta no PT, como se fossemos uma legenda eleitoral, não um Partido”, reclama o dirigente partidário, que segue na análise:
“Adriano Diogo, óbvio, sabe a diferença entre legenda e Partido. Talvez por isso mesmo ele opte por contar uma história um pouco diferente daquela que realmente aconteceu.
Para não cansar ninguém, me limito ao seguinte trecho: segundo Adriano Diogo, Marta ‘foi uma das molas propulsoras da eleição da Dilma Rousseff. Depois, lá no governo, houve um desentendimento em que ela errou naquele simbolismo de levar flores para Janaina Paschoal perto daquela senadora do Rio Grande do Sul. Ela errou. Mas a gente precisa ver na política os antecedentes. É uma maravilhosa notícia que a Marta volte ao PT’.“
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