Lula, as crianças yanomamis ainda estão morrendo de fome
Em 2022, a Terra Yanomami teve 343 mortes. Sob o governo Lula, em 2023, foram 363. E a culpa vai sendo jogada de um lado para o outro
O número de yanomamis mortos no primeiro ano da administração do presidente Lula teve uma alta em relação ao governo anterior. Em 2022, último ano do governo Jair Bolsonaro, a Terra Yanomami registrou 343 mortes, como destaca o site Poder360. Sob o governo Lula, em 2023, foram 363.
Tão logo assumiu a presidência, em janeiro de 2023, Lula fez uma viagem para a Terra Yanomami denunciando o descaso do governo Bolsonaro e prometendo estancar a mortalidade dos indígenas. Ficou só na promessa.
Em entrevista recente a Crusoé o ex-senador amazonense Arthur Virgílio Neto comentou:
“Lula esteve lá em Roraima, Lula fez uma cinematografia danada. Tudo o que um ator de categoria não tão alta costuma fazer, ele fez.” “Eles [o povo Yanomami] estão lá jogados à própria sorte.” disse ele, relembrando a visita do presidente ao Amazonas. Segundo Arthur Vigílio, Lula não só os abandonou, “ele fez uma gozação com o povo Yanomami.”
Desnutrição
Os yanomamis continuam acometidos de casos crônicos de desnutrição e expostos ao contato com garimpeiros e madeireiros que atuam ilegalmente na região, dificultando o desenvolvimento do plantio de alimentos e pesca. Eles dependem, portanto, da ajuda federal, que tem falhado.
Enquanto os indígenas morrem desnutridos, a culpa vai sendo jogada de um lado para outro. O Ministério dos Povos Indígenas, comandado por Sonia Guajajara (Psol) chegou a afirmar que Lula subestimou a situação e se eximiu de culpa. Seu partido, por sua vez, divulgou um documento no qual acusa o Ministério da defesa de negligência e culpa o Congresso nacional pela situação:
Garimpo ilegal
“Destaca-se a questão yanomami em que a negligência do Ministério da Defesa comprometeu as ações de combate ao garimpo ilegal e de proteção dos yanomamis na região. O Congresso Nacional, majoritariamente conservador e pautado pelo peso da bancada ruralista, estabeleceu como prioridade impor retrocessos com o marco temporal e aprovar a desidratação do Ministério dos Povos Indígena”, diz trecho do documento.
O fato é que o descaso do governo Lula com os indígenas que ele prometeu proteger chegou até a mídia internacional.
Conforme mostrou O Antagonista, um recente artigo da Newsweek afirma que “os indígenas do Brasil foram usados como ferramenta de propaganda e promessas de campanha vazias, sem qualquer mudança real” que “os gestos de Lula para com esta população parecem ter sido meramente cosméticos, uma forma de apaziguar as críticas, enquanto no mundo real os indígenas continuam a ser perseguidos e mortos nas suas terras de origem”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)