Lira escancara conflito com “desafeto” Padilha
Lira foi questionado se teria saído enfraquecido após o plenário da Câmara manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL; foto), chamou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), de “desafeto” e “incompetente”.
Lira deu a declaração a jornalistas nesta nesta quinta-feira, 11 de abril, ao ser questionado se teria saído enfraquecido após o plenário da Câmara manter a prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem Partido – RJ), suspeito de ser mandante do assassinato de Marielle Franco.
Aliados do presidente da Câmara votaram para liberar Brazão.
“Essa notícia hoje, que você está tentando verbalizar, porque os grandes jornais fizeram, foi vazada do governo e basicamente do ministro Padilha, que é um desafeto, além de pessoal, incompetente”, disse Lira.
“Não existe partidarização, eu deixei bem claro que ontem a votação é de cunho individual, cada deputado é responsável pelo voto que deu. Não tem nada a ver”, acrescentou.
Câmara mantém Brazão preso
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta, 10 de abril, a manutenção da prisão do deputado Chiquinho Brazão (Sem Partido – RJ; foto). Ele está preso desde 24 de março, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco.
O placar foi de 277 votos a favor, 129 contrários e 28 abstenções.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o parecer pela manutenção da prisão preventiva de Brazão. O placar foi 39 votos a favor e 25 contra. Houve uma abstenção.
Brazão é acusado de ser o mandate do assassinato da vereadora pelo Rio de Janeiro Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes. O crime aconteceu em 2018, quando o atual parlamentar também era vereador pela capital fluminense.
A reunião na CCJ durou cerca de cinco horas, e foi marcada por embate entre os parlamentares. Deputados de siglas como o PL, o União Brasil, o PP e o Republicanos se posicionaram contra.
Um entendimento era de que a aprovação deste parecer poderia abrir precedentes para a prisão de outros parlamentares sob investigação. Também pesou a rivalidade entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Legislativo.
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