Lewandowski prorroga atuação da Força Nacional em PR e AC
A medida visa reforçar as ações contra crimes transnacionais e a preservação da ordem pública no Centro Integrado de Operações de Fronteira
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou a prorrogação do uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) em duas importantes frentes de atuação.
A medida visa reforçar as ações de enfrentamento aos crimes transnacionais e a preservação da ordem pública no Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF), localizado no município de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná.
De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União, desta quinta-feira, 22, a FNSP irá auxiliar a Polícia Judiciária e Polícia Técnico-Científica na adoção de medidas estratégicas durante o período de 20 de fevereiro a 17 de agosto. Essa iniciativa visa fortalecer as operações e garantir um ambiente seguro para a população.
Força Nacional no Acre
Além disso, o ministro Lewandowski também estendeu o emprego da FNSP por mais 90 dias para apoiar as ações de policiamento ostensivo, polícia judiciária e perícia forense no Estado do Acre e nos órgãos de segurança.
Essa parceria entre as forças de segurança tem como objetivo combater o crime organizado e manter a ordem pública nas regiões afetadas.
A operação se estenderá até 3 de junho deste ano, com Rio Branco sendo a cidade-sede das atividades.
A portaria publicada hoje no Diário Oficial da União destaca que o contingente a ser disponibilizado seguirá o planejamento estabelecido pela Diretoria da FNPS, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Comando Vermelho diz que ‘venceu’ o PCC na guerra pelo Acre
Um contexto de violência e crime organizado tomou forma no Acre, à medida que as facções criminosas paulistas e cariocas, PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), consolidaram a sua presença no estado, enquanto expandiam o seu mercado de drogas.
Segundo investigações, as facções chegaram ao Acre em 2011. Inicialmente, mantinham um acordo de não agressão que durou até 2016. A ruptura deste pacto veio com a morte do traficante Jorge Rafaat Toumani, conhecido como o rei do tráfico, num assassinato arquitetado pelo PCC no Paraguai.
O CV visando a Amazônia
Com a situação, o Comando Vermelho sentiu a necessidade de dominar a região amazônica para garantir o seu acesso à fronteira, segundo Bernardo Albano, coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-AC (Ministério Público do Acre).
A guerra territorial desencadeada entre as duas maiores facções criminosas do Brasil causou uma escalada de violência no Acre. Entre 2015 até 2017 o número de crimes violentos letais no estado dobrou, fazendo com que o Acre assumisse a indesejada 2ª posição no ranking dos estados com a maior taxa de homicídios do país.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)