Letícia Barros, na Crusoé: Javier Milei, ameaça ou esperança?
Enquanto caminhava pelas ruas de Mar del Plata, no litoral da Argentina, em 2019, passei por muros e outdoors que estampavam o rosto de Alberto Fernández. Vestígios da campanha eleitoral de quem havia acabado de ser eleito o 53º presidente da Argentina...
Enquanto caminhava pelas ruas de Mar del Plata, no litoral da Argentina, em 2019, passei por muros e outdoors que estampavam o rosto de Alberto Fernández. Vestígios da campanha eleitoral de quem havia acabado de ser eleito o 53º presidente da Argentina. Quatro anos depois, sentada de frente para o computador, em uma noite de domingo, leio a notícia de que Javier Milei, candidato com bandeiras totalmente opostas, venceu as eleições primárias para a Presidência da Argentina.
As manchetes que veicularam a notícia alternaram três termos para caracterizar a figura de Milei: ultradireitista, ultraliberal e representante da extrema direita. Antes de entender quais bandeiras o aparente novo fenômeno político do país defende, é interessante analisar o histórico político e econômico da Argentina. Apesar de as eleições primárias representarem apenas uma prévia, é evidente que o povo argentino foi de um extremo ao outro em eleições que a mídia considerou como o pior desempenho do peronismo desde a redemocratização, em 1983.
A Argentina vem enfrentando crises políticas e econômicas ao longo de décadas, marcadas por seis ditaduras e a ascensão do peronismo, iniciado no primeiro dos três mandatos de Juan Domingo Perón.
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