Léo Índio réu pelo 8 de janeiro ?
Primeira Turma da Suprema Corte forma maioria para aceitar a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra primo de Eduardo e Flávio Bolsonaro

O Supremo Tribunal Federal (STF) consolidou maioria nesta quinta-feira para aceitar a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, popularmente conhecido como “Leo Índio”, devido à sua participação nos eventos do 8 de janeiro. Leo Índio é primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O julgamento está acontecendo na Primeira Turma do STF, composta por cinco magistrados. Três deles já votaram favoravelmente à linha do relator, Alexandre de Moraes, que defendeu que a acusação fosse recebida e que Leo Índio fosse considerado réu por cinco infrações: tentativa de golpe de Estado, tentativa de extinção do Estado Democrático de Direito, associação criminosa armada, danos qualificados e destruição de patrimônio protegido por tombamento.
No seu parecer, Moraes destacou que o acusado, além de ter participado das manifestações, também foi responsável por incitar e colaborar com os atos de destruição que ocorreram no dia 8 de janeiro contra os edifícios dos Três Poderes.
“O denunciado, conforme narrado na denúncia, não só participou das manifestações antidemocráticas como também instigou e colaborou ativamente para os atos de depredação ocorridos no dia 08/01/23 contra as sedes dos Três Poderes”, escreveu o ministro em seu voto.
Plenário virtual
Os ministros Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin acompanharam a decisão de Moraes. Agora, resta apenas o voto de Luiz Fux. O julgamento segue no plenário virtual e tem previsão de ser finalizado até sexta-feira.
Em resposta à acusação, a defesa de Leo Índio refutou as alegações, afirmando que ele não esteve envolvido em qualquer ato de invasão ou destruição de bens públicos, estando apenas em uma manifestação pacífica que, segundo eles, se transformou em um tumulto inesperado.
PGR
Por outro lado, a PGR sustenta que Leo Índio estava presente durante os momentos de invasão e depredação, registrando e compartilhando imagens nas redes sociais, quando se encontrava em frente ao Congresso Nacional, durante as invasões aos prédios dos Três Poderes. Além disso, a denúncia aponta que ele também participou de outras ações com caráter antidemocrático, incluindo manifestações em acampamentos montados após as eleições presidenciais de 2022, em frente a instalações militares.
Leo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-mulher de Bolsonaro e mãe dos três filhos mais velhos do ex-presidente: Flávio, Carlos e Eduardo.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)