Lava Jato do Rio cai atirando
A Lava Jato do Rio sabe que seus dias estão contados, especialmente depois da deflagração da Operação E$quema S, que expõe as vísceras do Judiciário brasileiro, onde filhos de ministros e desembargadores vendem influência para quem estiver disposto a pagar - muito...
A Lava Jato do Rio sabe que seus dias estão contados, especialmente depois da deflagração da Operação E$quema S, que expõe as vísceras do Judiciário brasileiro, onde filhos de ministros e desembargadores vendem influência para quem estiver disposto a pagar – muito.
A investigação levou dois anos e reuniu provas contundentes da atuação ilegal de grandes bancas advocatícias. Para manter o comando do Sistema S no Rio e controle sobre seu orçamento bilionário, Orlando Diniz entregou uma boa parte dele a esses advogados.
Vizinho e parceiro de Sergio Cabral em várias negociatas, Diniz foi convencido de que seu problema não seria resolvido pelas vias judiciais normais, pois era de outra ‘natureza’. Contratou, então, o escritório do compadre de Lula e seu genro.
Em pouco tempo, Roberto Teixeira e Cristiano Zanin sequestraram o caixa da Fecomércio e passaram a ditar as regras, subcontratando bancas amigas, como a de Eduardo Martins, filho do presidente do STJ, e Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do TCU.
As parcerias incluíam os escritórios de Ana Basílio, mulher do desembargador André Fontes, ex-presidente do TRF-2, e de Flávio Zveiter, cujo sobrenome entrega a filiação com Luiz Zveiter, o polêmico ex-presidente do TJ-RJ. E ainda a banca de César Asfor Rocha, ex-presidente do STJ, e seu filho Caio, ambos investigados pela Lava Jato de São Paulo por suspeita de atuarem no enterro da Operação Castelo de Areia – prenúncio da Lava Jato.
Sem esquecer Eurico Teles, ex-presidente e ex-diretor jurídico da OI, a mesma companhia que investiu direta e indiretamente dezenas de milhões na Gamecorp, de Lulinha.
A OI é um capítulo à parte, pois as quebras fiscais e bancárias, que mostram a Fecomércio como principal fonte de recursos dessas bancas, também indicam contratos vultosos com a telefônica – sugerindo um esquema similar.
Hoje, 25 pessoas foram denunciadas e viraram réus pelas mãos do juiz Marcelo Bretas. Com exceção do próprio Orlando Diniz e de Sergio Cabral, todos os demais são advogados, alguns absolutamente desconhecidos – provavelmente laranjas.
Sobrou até para Frederick Wassef, ainda não denunciado, mas alvo de buscas. O advogado da família Bolsonaro recebeu pelo menos R$ 2,6 milhões, de forma oculta, para produzir dossiês contra a ex-mulher de Orlando Diniz. Tendo como parceiro Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular ligado aos petistas Delúbio Soares e Marcelo Sereno.
O MPF aponta para um desvio inicial de R$ 151 milhões, mas diz que está apurando o destino de outros R$ 204 milhões. É a espinha dorsal da Lava Toga, todos sabem. Por isso, muita gente em Brasília quer que ela seja quebrada o quanto antes e de forma contundente.
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