Latam processa aeroporto de Guarulhos
Latam processa GRU Airport devido a incidentes com fauna em Guarulhos, exigindo medidas eficazes para maior segurança aérea.
O aumento nos incidentes envolvendo pássaros e até capivaras nas pistas de Guarulhos levou a Latam a tomar medidas drásticas. A companhia aérea busca através da Justiça a implementação de um plano de ação eficaz por parte da GRU Airport para mitigar os riscos e garantir a segurança das operações aéreas.
O que motivou a Latam a entrar com uma ação judicial?
O conflito tem suas raízes no crescente número de colisões entre aeronaves e pássaros, que apenas de janeiro a agosto de 2023, resultaram em mais de 3 mil incidentes. Estes episódios, além de causar danos materiais significativos às aeronaves, também provocam atrasos e cancelamentos de voos, prejudicando milhares de passageiros.
Qual foi a resposta da GRU Airport?
Apesar das demandas e da notificação extrajudicial enviada pela Latam, a GRU Airport teria oferecido respostas evasivas, segundo a companhia aérea. Esta atitude resultou na ação judicial, que exige da administradora aeroportuária atitudes concretas para o controle efetivo da fauna no ambiente aeroportuário.
Impacto financeiro dos incidentes para a Latam
- Inspeções necessárias após cada incidente, com um custo de boroscopia em torno de U$ 6.000 por aeronave.
- Substituição de peças danificadas, onde cada pá de turbina pode custar cerca de U$ 19.000.
- Total de 143 horas de indisponibilidade de aeronaves em maio de 2023 devido a danos.
O que diz a legislação e as medidas adotadas?
A GRU Airport afirma seguir as diretrizes da Anac para gerenciamento de risco da fauna e realizou diversas ações de manejo, que incluem controle de vegetação e remoção de poleiros, entre outras. A empresa alega que, apesar dos desafios, conseguiu reduzir significativamente os avistamentos de animais e as colisões no último ano.
Esta situação destaca a complexidade de gerenciar a segurança aeroportuária em áreas sujeitas à presença de fauna e aponta para a necessidade de investimentos contínuos em tecnologia e infraestrutura para garantir a segurança nas operações aéreas. O desfecho deste caso poderá definir importantes precedentes para o setor aeroportuário na relação com a gestão ambiental e segurança operacional.
A solução adequada para este conflito passará necessariamente pelo diálogo e pela implementação de estratégias eficazes que possam diminuir os riscos sem prejudicar a fauna local.
Enquanto o caso se desenrola, a comunidade aeroportuária e ambiental estará atenta às resoluções que poderão emergir, esperando que incidências futuras sejam cada vez mais raras.
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Comentários (1)
Maglu Oliveira
2024-05-04 04:17:10A direção do aeroporto só tomará providências eficazes quando houver um acidente sério com muitos mortos. Até lá ela vai enrolar como tudo que se faz no Brasil. Eu tenho uma sugestão para afastar pelo menos as antas e capivaras, colocar perto da pista uma placa: ANTAS SÓ PLANALTO