Adversários na disputa pelo governo de Minas Gerais em 2022, o ex-prefeito Alexandre Kalil (Republicanos) e o governador Romeu Zema (Novo) estarão no mesmo palanque na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte deste ano. Ambos vão apoiar a candidatura de Mauro Tramonte (Republicanos) na capital.

Kalil se filiou ao Republicanos na última semana, enquanto Zema negociou a indicação de Luísa Barreto (Novo) na chapa da Tramonte.

“Isso foi conversado comigo e é engraçado que eles acharam que eu ia ter alguma coisa [contra a indicação]. A Luísa Barreto é um grande quadro. Eu disputei uma eleição com o Zema, ele nunca me traiu, tivemos um embate nem tão duro, foi num nível que acho razoável”, disse Kalil durante entrevista à Band News FM de BH nesta quarta-feira, 31.

As conversas do Republicanos com o Novo para a possível indicação de Luísa como vice tiveram início antes mesmo do anúncio da filiação de Kalil ao Republicanos. 

Kalil e o PSD

A troca de partido por parte do ex-prefeito deixou rusgas em sua antiga sigla, o PSD.

“Espero que seja abraçado com muito carinho pela Damares e demais colegas bolsonaristas do novo partido”, ironizou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, presidente do diretório de Minas do PSD. 

O ex-prefeito já vinha expressando descontentamento com o PSD desde o ano passado e tinha uma relação de altos e baixos com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, principal cacique do partido em Minas. A movimentação faz parte de uma estratégia para que Kalil dispute o governo mineiro pelo Republicanos em 2026.

Por outro lado, Pacheco é visto como o nome do PSD para a disputa estadual. A expectativa é de que Kalil assuma a presidência estadual do Republicanos a partir de novembro, após as eleições.

Leia mais: Kalil: lulopetismo em 2022, bolsonarismo em 2024