O Tribunal de Justiça do Paraná começa a julgar nesta quinta-feira, 4, o ex-policial penal Jorge Guaranho (foto), apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que matou a tiros Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) em Foz do Iguaçu (PR). O crime aconteceu em 2022 durante a festa de aniversário da vítima, que tinha o PT e o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva como temas. 

Arruda comemorava, com amigos e familiares, seus 50 anos, quando foi baleado na frente de todos. Guaranho invadiu a festa e atirou várias vezes. Arruda revidou os disparos, foi socorrido, mas morreu ainda no local.

Réu por homicídio duplamente qualificado por homicídio duplamente qualificado,  por motivo fútil e perigo comum, Guaranho vai a júri popular, no Fórum de Justiça de Foz do Iguaçu. A previsão é que o julgamento termine na sexta-feira, 5.

Autor da denúncia à Justiça, o Ministério Público do Paraná ressaltou que o  ex-policial penal agiu por motivo fútil decorrente de “preferências político-partidárias antagônicas” e que Guaranho colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas.

Em fevereiro de 2024, a Advocacia-Geral da União (AGU) firmou um acordo para pagar uma indenização de R$ 1,7 milhão à companheira e aos quatro filhos de Arruda. Em março, o Ministério da Justiça, sob o comando de Ricardo Lewandowski, concluiu a sindicância disciplinar instalada na época do crime para apurar a conduta de Guaranho, que era agente penal federal. A sindicância concluiu pela sua demissão do serviço público.