Um surpreendente caso médico aconteceu em Cabo Frio, onde o jovem Mateus Facio, de 21 anos, foi baleado na cabeça mas somente descobriu o projétil alojado no crânio quatro dias após o ocorrido. O estudante mineiro estava em Cabo Frio para passar a virada do ano e só notou algo estranho quando seus braços e dedos não estavam se movendo normalmente.

O disparo e a demora para perceber a bala

No dia 31 de dezembro, Mateus foi atingido em uma das praias de Cabo Frio. Inicialmente, ele acreditou ter sido atingido por uma pedrada e continuou curtindo a festa de réveillon. Foi somente no dia 2 de janeiro, depois de dirigir mais de 300 km até sua casa em Juiz de Fora, que ele começou a notar uma dificuldade em movimentar seu braço direito e seus dedos.

Descoberta da bala e a cirurgia arriscada

Mateus procurou ajuda médica e foi no hospital que se descobriu a presença da bala alojada na sua cabeça. “Foi arriscado, bem arriscado para o paciente”, compartilhou o neurocirurgião Flávio Falcometa, responsável pela operação. Segundo ele, a bala estava comprimindo o cérebro numa região próxima da responsável pela mobilização do braço direito, causando movimentos que caracterizavam crises convulsivas.

O jovem passou duas horas no centro cirúrgico e sua recuperação incluiu dois dias no Centro de Treinamento Intensivo (CTI) e mais um dia de internação.

A recuperação e o retorno à rotina

Mesmo após passar por essa experiência dramática, Mateus parece determinado a retornar à normalidade. Já se recuperando em casa, ele foi liberado para iniciar algumas tarefas, como sair de casa e caminhar pela vizinhança. Segundo os médicos, a previsão é de que, em até 30 dias, ele esteja apto para retomar completamente sua rotina.

Conhecer o caso de Mateus ressalta a importância de buscarmos assistência médica diante de qualquer anormalidade percebida em nossos corpos. Mesmo que pareça algo pequeno ou sem importância, como Mateus inicialmente achou que fosse, pode ser algo sério e é melhor ser visto por um profissional qualificado.

Esperamos que Mateus continue a se recuperar bem e que sua história sirva de alerta para outras pessoas.