José Nêumanne na Crusoé: Falta alguém na Abin paralela dos Brics
Augusto Heleno, duas vezes golpista fracassado, foi lembrado, mas ninguém se lembra de seu sucessor, Gonçalves Dias
Em sua coluna semanal para Crusoé, José Nêumanne Pinto fala sobre o escândalo da semana: as interferências da Abin na época em que era comandada pelo atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RL).
A pergunta óbvia a ser feita sobre a notícia de que o desgoverno Lula-Lira demitiu, enfim, o dito número dois da atual gestão colegiada dos negócios da República em geral e da segurança pública em particular não é por que Alessandro Moretti, que foi e continuou sendo diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi exonerado.
Aliás, não é o caso de uma pergunta só, mas o fato pode se desdobrar em pelo menos três dúvidas cruciais.
A primeira é que o protagonista da mais recente, mas dificilmente derradeira, crise da instituição dita secreta (cuja suntuosa sede é identificada no lado de fora com sua denominação cuja atividade é por definição secreta) sobreviveu a todas as manchetes produzidas por um escândalo notório e até agora inexplicável. Como se admitiu que computadores, celulares e senhas pessoais fossem mantidos de posse de seus ocupantes no governo anterior, chefiado por um pressuposto adversário, tratado como inimigo, derrotado nas urnas, pelo ocupante exclusivo do Poder Executivo esta é outra incógnita mantida sob o véu do silêncio. Aliás, caso mais grave ainda é o do ex-chefão maior dos arapongas trapalhões, general da banda Gonçalves Dias, foi o primeiro a ser protegido ao que consta pelo próprio Luiz Inácio Lula da Silva. E mantido em repouso financiado por polpuda aposentadoria sem punição após ter sido denunciado por cenas dos vídeos que o flagraram tratando vândalos que destruíram o patrimônio público na sede do até 2022 exclusivo do poder central da republiqueta dos golpistas confessos. O “garçom” amador garantira conforto de água fria à garganta seca dos executantes do golpe das vivandeiras (apud marechal Castello Branco), fascistoides que imploravam por intervenção dos milicos na gestão dita democrática várias vezes interrompida por quarteladas grotescas e mal sucedidas.
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