O Jornal Nacional também teve acesso à delação de Claudio Melo Filho, ex-vp de Relações Internacionais da Odebrecht. A reportagem confirmou que Romero Jucá era o principal arrecadador financeiro do PMDB no Senado, enquanto Eliseu Padilha fazia o mesmo papel na Câmara.

Melo disse à PGR que os repasses eram aprovados por Marcelo Odebrecht e variavam conforme o atendimento do interesse do grupo no Congresso, como a aprovação de regimes tributários, regulações de concorrência, regime especial para a industria petroquímica etc.

Segundo o JN, “as insinuações não deixavam dúvidas de que ele seria demandado pelo parlamentar (Jucá) e a maior parte das demandas ocorria em períodos eleitorais”.

Melo Filho disse ainda que pagou, ao longo dos anos, mais de R$ 22 milhões a Jucá. Ele disse que, quando falava com Jucá, “tinha certeza que estava falando também com Renan Calheiros e Eunício Oliveira”.

No caso da Câmara, o colaborar afirmou que os principais beneficiários eram Padilha, Michel Temer e Moreira Franco. O JN confirmou a versão dos R$ 10 milhões solicitados por Temer e entregue no escritório de José Yunes.