Janones contradiz Janones sobre rachadinha
Ao se defender das acusações de rachadinha, o deputado federal André Janones (Avante-MG, foto) caiu em contradição ao dizer que não era deputado ao cobrar parte do salário de servidores para pagar as contas da campanha eleitoral de 2016, quando concorreu à prefeitura de Ituiutaba e foi derrotado...
Ao se defender das acusações de rachadinha, o deputado federal André Janones (Avante-MG, foto) caiu em contradição ao dizer que não era deputado ao cobrar parte do salário de servidores para pagar as contas da campanha eleitoral de 2016, quando concorreu à prefeitura de Ituiutaba e foi derrotado.
Segundo áudio revelado pelo Metrópoles, ele afirmou que participaria de uma sessão no plenário da Câmara após a reunião com os integrantes de seu gabinete.
“Não sei se vocês viram aí nas notícias do Facebook. Já tem uma porrada de deputado que apresentou projeto de lei ontem. Ontem tinha uma fila de 100 deputados apresentando projeto de lei. Eu sequer sabia de disso.
Por que eu não sabia? Porque não contratei nenhum especialista em técnico legislativo. Hoje tem plenário à tarde. Eu não sei o que eu vou fazer lá. Vou chegar lá e vou ficar perdido. Não sei como que é, o que eu vou fazer, que horas que eu falo, que assunto que vai ser. Por quê? Porque não contratei ninguém de plenário”, disse Janones.
O deputado tentou minimizar o pedido de rachadinha dizendo que a sua sugestão foi vetada por sua advogada e não foi colocada em prática.
“A história: eu (quando ainda não era deputado), disse para algumas pessoas (que ainda não eram meus assessores) que eles ganhariam um salário maior do que os outros, para que tivessem condições de arcar com dívidas assumidas por eles durante a eleição de 2016. Ao final, a minha sugestão foi vetada pela minha advogada e, por isso, não foi colocada em prática. Fim da história”, escreveu no X, antigo Twitter.
Em entrevista ao jornal O Globo, Cefas Luiz Paulino e Fabrício Ferreira de Oliveira disseram que o deputado cobrava até 60% dos vencimentos dos servidores lotados em seu gabinete desde 2019.
Nesta terça, 28, outro trecho do áudio mostrou o deputado sugerindo a criação de uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete na Câmara dos Deputados para financiar a campanha de seu grupo político em 2020.
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