Investigação de caso do bebê no Velório em SC é arquivada
Uma investigação do Ministério Público sobre uma bebê que teria sido vista viva durante seu velório em Santa Catarina foi arquivada

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) arquivou a investigação em relação ao inusitado caso da bebê de oito meses que teria apresentado sinais vitais durante seu velório em Correia Pinto (SC). O fato ocorreu em 19 de outubro de 2024 e gerou grande repercussão na mídia. Os laudos oficiais confirmaram que a morte da criança ocorreu devido a causas naturais, especificamente gastroenterite e desidratação, conforme já constava na declaração de óbito.
O arquivamento foi justificado pela ausência de indícios de conduta criminosa, seja dolosa ou culposa, por parte dos profissionais de saúde envolvidos no atendimento da criança. Segundo o promotor de Justiça, Marcus Vinicius dos Santos, os laudos confirmaram a compatibilidade entre o horário da morte indicado na documentação e as evidências científicas, afastando qualquer suspeita de erros que pudessem ter contribuído para o falecimento.
Quais Foram os Fatores Considerados pelo Ministério Público?
Durante a investigação, o MPSC levou em consideração diversos fatores para analisar se houve negligência ou falhas no atendimento médico à bebê. Os laudos cadavéricos e anatomopatológicos foram essenciais para formar um entendimento claro do caso. De acordo com a Polícia Científica, embora os tratamentos e medicamentos administrados não tenham influenciado no desfecho fatal, alguns pontos críticos foram identificados para melhoria, especialmente no tratamento de desidratação em pacientes pediátricos.
O Ministério Público destacou a necessidade de aprimorar protocolos de estabilização, prognóstico e tratamento de doenças infecciosas em crianças. Uma recomendação formal deve ser encaminhada ao hospital para garantir que procedimentos mais eficazes sejam adotados, a fim de evitar novos incidentes.
Como Aconteceu o Evento no Velório?
O caso inusitado teve início quando os familiares, durante o velório, notaram movimentos nos braços e mãos da criança, além de falta de rigidez corporal e temperatura aparentemente normal. Diante dessa situação, o Corpo de Bombeiros foi acionado e um oxímetro indicou sinais de saturação, levando a crer que a bebê ainda poderia estar viva. Ela foi imediatamente levada ao hospital, mas nenhum batimento cardíaco foi detectado pelos médicos de plantão.
Essa sequência de eventos chamou a atenção, proporcionando uma série de investigações para esclarecer o ocorrido e identificar possíveis falhas nos procedimentos adotados pelas autoridades médicas e serviços de emergência.
O Que a Investigação Concluiu?
A conclusão do inquérito, baseada nos laudos, confirmou que os sinais observados durante o velório não eram indicativos reais de vida. A presença de sinais de saturação detectados pelo oxímetro foi atribuída a um erro na colocação do equipamento. O laudo anatomopatológico não indicou qualquer irregularidade nos órgãos que pudesse contradizer as causas declaradas da morte.
Além de fechar o caso, o MPSC expressou a sua intenção de continuar trabalhando na melhoria dos protocolos hospitalares. Estão sendo planejados esforços para reforçar a qualidade do diagnóstico e avaliação da gravidade dos pacientes pediátricos com sintomas de desidratação e quadros infecciosos.
Quais são as Implicações Futuras?
Mesmo com o arquivamento do caso, o episódio destacou a importância da revisão e atualização de protocolos médicos para assegurar tratamentos eficazes e diagnósticos precisos. A Promotoria de Justiça em Correia Pinto está empenhada em implementar melhorias através de recomendações formais ao hospital envolvido.
A partir deste incidente, espera-se um avanço nas práticas hospitalares, não apenas em nível local, mas em uma escala maior, para proteger adequadamente pacientes infantis contra riscos evitáveis. Esse caso emblemático servirá como catalisador para uma revisão de práticas clínicas, buscando garantir um atendimento mais seguro e eficiente no futuro.
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