Dados recentes da plataforma SP Covid-19 InfoTracker, desenvolvida por pesquisadores da USP e Unesp com apoio da Fapesp, revelam um aumento significativo no número de hospitalizações por Covid no estado de São Paulo.

Em 5 de setembro, o estado registrava 665 pacientes internados por Covid. No entanto, na última terça-feira (03), esse número subiu para 896, representando um aumento de 35% no total de hospitalizados.

A média móvel de internações se manteve estável nas semanas seguintes, variando entre 101 e 102 internações. Entretanto, a partir do dia 19, houve um crescimento nesse indicador, chegando a 108 internações. Em 26 de setembro, o número subiu para 126 e, na última terça-feira, alcançou a marca de 139 internações.

A análise da média móvel permite observar se o número de internações tem aumentado ou diminuído ao longo das semanas. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, o professor Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 InfoTracker, disse que esse cenário indica que a tendência de novas internações deverá continuar nas próximas duas semanas.

Casaca também destaca que “a doença passou a afetar as pessoas em um ritmo mais acelerado nas últimas duas semanas de setembro. Esse fato indica uma intensificação na transmissão da Covid-19 no país, possivelmente relacionada à circulação de novas subvariantes ômicron“.

O professor ressalta a importância da vacinação como forma de evitar casos mais graves da doença.

Apesar do aumento nas hospitalizações, os números registrados ainda não superaram os picos anteriores da Covid no estado de São Paulo. Em 24 de novembro de 2022, a média móvel de novas internações era de 476, com um total de 3.222 pacientes hospitalizados. Já em 9 de março de 2023, esse número foi de 272 internações, com 2.016 pacientes hospitalizados.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde, até quinta-feira (05), São Paulo registrou um total de 6.687.470 casos confirmados de Covid e 181.327 mortes desde o começo da pandemia. A cardiopatia e o diabetes foram os fatores de risco mais frequentes entre os pacientes que evoluíram para óbito, representando 57,90% e 41,1% dos casos, respectivamente.