Integrantes do PL temem ‘contaminação’ de lei da anistia após explosões em Brasília
Aliados do ex-presidente correram para demonstrar que não há qualquer vínculo do responsável por explosões com a base de Jair Bolsonaro
Integrantes do PL, partido de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, temem que a morte de um homem após explosões na Praça dos Três Poderes possa contaminar o debate em torno do PL da Anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro.
Como mostramos mais cedo, na noite desta quarta-feira, 13, pelo menos duas explosões foram ouvidas nas proximidades do Supremo. Uma delas de um carro que estava parado no estacionamento do Anexo 4 da Câmara.
A PF instaurou inquérito para apurar as causas do episódio e a Polícia Civil do Distrito Federal confirmou que o proprietário do veículo que explodiu é a mesma pessoa encontrada morta na Praça dos Três Poderes.
Candidato a vereador
Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é conhecido nas redes sociais como Tiü França. Luiz foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, em Santa Catarina, durante as eleições municipais de 2020. Ele obteve 98 votos.
Na época, Francisco era filiado ao PL. Por isso, nas redes sociais, houve a tentativa de vinculá-lo ao grupo político de Jair Bolsonaro, apesar de o ex-presidente ter chegado ao partido apenas em 2021.
A pessoas próximas, conforme apurou este portal, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, demonstrou preocupação com o episódio. Deputados também ficaram temerosos com os próximos passos da investigação e como a esquerda iria explorar a morte de Wanderley Luiz.
“Um homem decidiu tirar a própria vida“
Nas redes sociais, aliados do ex-presidente correram para demonstrar que não há qualquer vínculo de Wanderley com a base de apoio de Bolsonaro. Quando Francisco se candidatou pelo PL em 2020, inclusive, o partido havia se coligado com o PDT.
“Não foi um ataque ao STF ou à Câmara dos deputados! Um homem decidiu tirar a própria vida na praça dos 3 poderes usando um artefato explosivo. Um ato de desespero de alguém com claro distúrbio mental”, disse o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
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