Influência política no Ministério da Saúde evita derrota do kit Covid na Conitec
A votação do parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que poderia vetar o uso do kit Covid no Sistema Único de Saúde, terminou empatada após um racha dos sete representantes do Ministério da Saúde no colegiado...
A votação do parecer da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que poderia vetar o uso do kit Covid no Sistema Único de Saúde, terminou empatada após um racha dos sete representantes do Ministério da Saúde no colegiado.
A suspeita de integrantes do órgão é que tenha ocorrido influência política na reunião que poderia vetar, de uma vez por todas, a prescrição de medicamentos comprovadamente ineficazes contra Covid.
Hoje, em reunião plenária, a Conitec avaliou o relatório sobre remédios para tratamento ambulatorial de Covid. O parecer recomendava que medicamentos como cloroquina (foto) e ivermectina não fossem mais usados para tratar o novo coronavírus.
O conselho tem 13 cadeiras. Dois dos sete representantes do Ministério da Saúde mais a ANS, o Conselho Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde foram a favor do relatório para barrar o uso da cloroquina no SUS.
Do outro lado, cinco outros representantes da pasta de Marcelo Queiroga e o Conselho Federal de Medicina foram contra o relatório e defenderam a autonomia médica para prescrever qualquer medicamento. O voto de minerva caberia à Anvisa, mas o representante do órgão estava ausente na hora da votação. Assim, a reunião ficou empatada em 6×6.
Agora, com o empate, o caso passará por audiências públicas antes de um desfecho da Conitec. A possível influência política no órgão foi alvo de investigação da CPI da Covid.
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