Fernando Haddad (foto), o futuro ministro da Fazenda de Lula, deu nesta quarta-feira (14) uma longa entrevista à GloboNews e disse que o Brasil não está em um “momento” no qual a expansão fiscal possa ajudar a economia.

“Não existe essa relação que as pessoas possam imaginar que quanto mais eu gasto mais cresce o PIB. Tem momentos em que o Estado intervém, mas são momentos muito críticos”, declarou Haddad, citando guerras e pandemias como exemplo.

O ex-prefeito de São Paulo afirmou ainda que Estado forte não é um “Estado que sai torrando” e que, se houver espaço para estímulo à economia, ele será monetário. “Se a gente souber fazer a transição, tem espaço para uma taxa de juro menor. Você tem que dar segurança para a autoridade monetária.”.

O futuro ministro da Fazenda também voltou a falar em ampliação do crédito —o que se refletiu na alta nas ações dos bancos no pregão da Bolsa nesta quarta.

Parece ter sido um contraponto estudado à decisão da Câmara de aprovar, a toque de caixa, um projeto de lei para permitir que Aloizio Mercadante (foto) assuma o comando do BNDES.