Hacker esteve na Defesa para atuar em comissão militar, diz advogado
O advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker Walter Delgatti, preso na manhã desta quarta-feira (2), afirmou que seu cliente esteve no...
O advogado Ariovaldo Moreira, que representa o hacker Walter Delgatti Neto, preso na manhã desta quarta-feira (2), afirmou que seu cliente esteve no Ministério da Defesa para atuar em comissão militar de auditoria das urnas eletrônicas nas eleições do ano passado.
A declaração contradiz a versão da deputada Carla Zambelli (PL) sobre seu relacionamento com o hacker. A dupla é suspeita de tentar fraudar as eleições.
A PF prendeu o hacker e fez buscas pela manhã em quatro endereços da deputada, incluindo o gabinete oficial, no âmbito da Operação 3FA. Dentre os alvos, está o gabinete oficial de Zambelli, o nº 885, no anexo 3 da Câmara dos Deputados.
Em entrevista à Globo News, Moreira disse que a proposta da deputada era para Delgatti “trabalhar no Ministério da Defesa, no sentido de fiscalizar a lisura das urnas”.
“Acompanhou algumas reuniões e prestou serviço. Com o presidente Jair Bolsonaro, teve contato por telefone também”, afirmou o advogado.
“Ele [Delgatti] tem prova disso“, acrescentou.
Em coletiva de imprensa mais cedo, Zambelli tinha afirmado que teve apenas “dois encontros ou três no máximo”.
A deputada assumiu ter financiado uma visita de Delgatti a Brasília para duas reuniões separadas, uma com Jair Bolsonaro (PL) no Palácio do Alvorada e outra com Valdemar Costa Neto (PL) na sede do PL.
Delgatti teria oferecido serviço de auditoria das urnas. Entretanto, segundo Zambelli afirmou na coletiva, ela teria pedido a Valdemar para não contratar o hacker por desconhecer o seu “espectro ideológico”.
Segundo depoimento antigo do hacker à PF, Zambelli teria lhe pedido em setembro para tentar fraudar as urnas eletrônicas e invadir o email do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Delgatti não conseguiu cumprir nenhuma das missões. Ele apenas falsificou um mandado de prisão contra Moraes no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que motivou a operação deflagrada nesta quarta-feira.
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