Guimarães nega desvio de emenda e vínculo com investigados pela PF
O deputado nega conhecer o empresário Carlos Douglas Almeida Leandro e o secretário parlamentar de Júnior Mano (PSB), Adriano Almeida Bezerra, ambos envolvidos na investigação da PF
O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, afirmou, por meio de nota, que “nunca houve nenhum indicativo de que emendas de seu gabinete seriam liberadas para qualquer prática escusa de desvio de verba”.
Ele também negou vínculo com o empresário Carlos Douglas Almeida Leandro e o secretário parlamentar do deputado federal Júnior Mano (PSB), Adriano Almeida Bezerra. Ambos figuram em investigação da Polícia Federal em diálogo com o prefeito da cidade cearense de Choró, Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto Queiroz (PSB), que está foragido e impedido de tomar posse.
“Sobre a matéria apurada pela Revista Piauí e publicada nesta quinta-feira (2), que trata da investigação da Polícia Federal sobre o destino de emendas parlmentares, o deputado José Guimarães reafirma que não conhece nem tem qualquer relação com Carlos Douglas Almeida Leandro e nem com Adriano Almeida Bezerra. E que portanto nunca houve nenhum indicativo de que emendas de seu gabinete seriam liberadas para qualquer prática escusa de desvio de verba”, diz a nota.
Emendas de comissão
Como mostramos, áudios de WhatsApp obtidos pela Polícia Federal mostram os envolvidos discutindo, conforme interpretou a PF, o desvio de emendas de comissão encaminhadas pelo líder do governo Lula na Câmara para a área da saúde do município em questão.
Segundo a revista Piauí, as conversas foram encontradas no celular de Bebeto Queiroz. No conteúdo dos áudios, o prefeito foragido discutia o desvio de verba com Carlos Douglas Almeida Leandro, o empresário que foi preso no início de dezembro por participar de um esquema de fraude na locação de veículos pela prefeitura de Pindoretama (CE).
Dias depois, o prefeito eleito de Choró enviou um áudio para Adriano Almeida Bezerra, o assessor parlamentar de Júnior Mano, citando o percentual que pretendia desviar da emenda.
Expulso do PL por apoiar a candidatura do petista Evandro Leitão à prefeitura de Fortaleza e recém-filiado ao PSB, Júnior Mano é investigado por envolvimento na manipulação das eleições em 51 cidades do Ceará.
Para a PF, o deputado teve um “papel central” no esquema.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)