Jair Bolsonaro resolveu ceder e topar o acordo com o Congresso para votação dos vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias após um almoço a sós, fora da agenda, com Paulo Guedes nesta terça-feira (3), relata Igor Gadelha na Crusoé.

Segundo fontes envolvidas nas negociações, o ministro da Economia teve “papel fundamental” para convencer o presidente de que o prejuízo de uma briga com caciques da Câmara poderia ser ainda maior — a maioria do Senado já sinalizava que votaria com o governo.

Nos últimos dias, congressistas deram pelo menos duas indicações de que poderiam aprovar pautas-bomba.

Uma delas foi a aprovação hoje, em comissão, da MP que cria o 13º do Bolsa Família e a extensão do salário extra a quem recebe o BPC.

Outro “aviso” foi dado com a inclusão na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de um projeto que muda a fórmula de reajuste do salário mínimo. Ambas as propostas, se aprovadas, farão o governo gastar mais.