Pressionado, governo prepara linha de crédito para atingidos pelas enchentes no RS
A ideia do Palácio do Planalto é liberar recursos do BNDES para viabilizar a reconstrução de casas destruídas pelas fortes chuvas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (6) em entrevista coletiva que o governo federal deve liberar uma linha de crédito específica para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
Segundo Haddad, a ideia é liberar recursos do BNDES para viabilizar a reconstrução de casas destruídas pelas fortes chuvas.
“A ideia é usar a rede bancária. O BNDES pode ser um agente de distribuição. Vamos ter que fomentar. Ai seria um crédito direcionado para o munícipe. Tudo tem que ser aprovado no âmbito do poder executivo e do poder legislativo”, disse Haddad.
Além disso, Haddad declarou que está sendo estudada o adiamento da cobrança de tributos federais de empresas situadas nas cidades atingidas pelas enchentes.
“Submeto ao presidente amanhã (terça), alguns cenários, para quarta-feira definirmos a questão dos tributos, do crédito, vai ter que ter uma linha de crédito específica para reconstrução das casas das pessoas, a maioria não tem cobertura de seguro. A questão da dívida do estado, o tratamento que será dado, para que o estado também recupere capacidade de investimento”, declarou Haddad.
De acordo com a Defesa Civil o número de mortos por causa das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul chegou a 85, com a possibilidade de aumento nos próximos dias, pois ainda há 134 pessoas desaparecidas e 339 feridos. Além disso, quatro óbitos estão em investigação.
De acordo com a Defesa Civil, os estragos foram imensos, com um total de 385 municípios afetados pelas fortes chuvas. Os números são alarmantes: há 47.676 desabrigados, que estão sendo abrigados em alojamentos disponibilizados pelo poder público, e 153.824 desalojados.
Números da tragédia no Rio Grande do Sul
- 85 mortes
- 134 desaparecidos
- 339 feridos
- 1.178.226 pessoas afetadas
- 47.676 desabrigados (pessoas que tiveram suas casas destruídas e necessitam de abrigo fornecido pelo poder público)
- 153.824 desalojados (pessoas que precisaram deixar suas casas temporariamente ou permanentemente, e não necessariamente precisam de um abrigo público, podendo buscar refúgio com parentes, por exemplo)
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