Alexandre Padilha (foto), o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), disse nesta quinta-feira (20) que o governo passará oficialmente a apoiar a instalação de uma CPMI para investigar o 8 de Janeiro. O responsável pela articulação política do governo disse que a exoneração de Gonçalves Dias do comando do GSI, nesta quarta-feira (19), mudou a perspectiva do Planalto sobre o tema.

“O vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política e por conta disso orientamos o líder da Câmara, do Senado e do Congresso, no diálogo com os lideres dos partidos que compõem a base que, caso a sessão do Congresso na próxima semana tenha a leitura de uma instalação de CPMI, caso seja feita essa leitura, nós apoiaremos a instalação”, disse, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Ele ainda garantiu que a base de partidos do governo atuará em bloco no tema. “Vamos orientar os partidos da base a indicar membros para essa CPMI, vamos enfrentar esse debate político que está sendo criado para aqueles que estão passaram pano para os atentados terroristas de 8 de janeiro”, continuou.

Para Padilha, a instalação da CPMI será uma “pá de cal” em um certo “terraplanismo” que ele acusa a oposição de produzir. As imagens que mostram o ex-chefe do GSI no Planalto, no dia da invasão, sendo conivente com alguns manifestantes não mudariam os fatos, argumentou o minsitro.

“É um verdadeiro terraplanismo da teoria que tentam construir de que as vítimas daqueles atos terroristas, que foi o Congresso Nacional, que o Supremo Tribunal Federal, que foi aqui o Palácio do Planalto, que foi a democracia e o resultado eleitoral, que aquelas vítimas tem qualquer responsabilidade sobre a atuação dos terroristas do 8 de Janeiro”, concluiu.

Para o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), era para o governo ter agido assim desde o começo.