O Governo do estado do Rio de Janeiro tomou uma medida drástica neste sábado (14) ao fechar todos os 40 parques de conservação do estado. Essa decisão foi anunciada pelo secretário de Estado de Ambiente e Sustentabilidade do RJ, Bernardo Rossi, em publicação nas redes sociais. O motivo é o combate aos incêndios florestais que têm assolado a região.

Segundo Bernardo Rossi, as unidades de conservação serão fechadas temporariamente para visitação devido ao risco elevado de incêndios durante o período de estiagem. O objetivo é garantir a segurança dos visitantes e facilitar o trabalho das equipes de combate ao fogo. O governador Cláudio Castro também reforçou a importância dessa medida preventiva.

Por que fechar os parques de conservação no Rio de Janeiro?

Este ano de 2024 tem sido particularmente desafiador para o estado do Rio, que já registrou mais de 16.500 incêndios florestais, segundo dados do Corpo de Bombeiros. O aumento das temperaturas e a falta de chuvas têm contribuído para a propagação rápida das chamas.

A decisão de fechar os parques visa, primariamente, proteger as famílias que costumam frequentar esses locais. Além disso, permite que os recursos e os esforços das equipes sejam concentrados no combate aos focos de incêndio ativos. Com 194 focos já extintos apenas neste sábado (14) e 56 ocorrências ainda em andamento, cada recurso é essencial.

Como as autoridades estão lidando com os incêndios?

Para enfrentar essa crise, mais de 1.100 militares do Corpo de Bombeiros do RJ estão atuando intensivamente no combate às chamas. As equipes utilizam diversos equipamentos novos, incluindo motobombas portáteis, abafadores e bombas costais. O uso de tanques flexíveis, com capacidade de 25 mil litros, e helicópteros também faz parte da estratégia para controlar os incêndios.

O secretário Bernardo Rossi destacou que todas as equipes de guarda-parques estão trabalhando em campo e duas aeronaves têm sido empregadas para apoiar essas ações. A coordenação está sendo realizada diretamente do Gabinete de Gestão de Crise, sob supervisão do coronel Tarciso Salles, secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral da corporação.

Impactos dos incêndios e medidas adicionais

Além do fechamento dos parques, outras medidas incluem a cooperação entre a Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), junto com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Esse trabalho conjunto visa investigar e prevenir crimes ambientais, especialmente durante este período crítico de seca.

Bernardo Rossi também alertou para o aumento no número de crimes ambientais, que agravam a situação dos incêndios florestais. Ele ressaltou que o combate a essas infrações é fundamental para evitar novos incidentes.

Quais são os desafios para o futuro?

A prevenção e o combate a incêndios florestais têm se tornado uma prioridade para o estado do Rio de Janeiro. No entanto, a colaboração da população é crucial. Evitar atividades que possam provocar fogo em áreas florestais é uma responsabilidade coletiva.

Em resumo, a decisão de fechar os parques de conservação no RJ não foi tomada levianamente. Trata-se de uma medida necessária para proteger tanto os visitantes quanto os recursos naturais da região. A atuação eficiente das forças de segurança e ambientais é um alicerce nesse período desafiador.

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