O governo Bolsonaro não enviou propostas para uma iniciativa anunciada por Joe Biden em abril que captou US$ 1 bilhão para a proteção de florestas tropicais.

A informação foi confirmada a O Antagonista pela Emergent, coordenadora da chamada Coalizão LEAF. A coalizão é uma iniciativa dos governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Noruega, em parceria com empresas privadas, como Amazon, Airbnb, Bayer, Nestlé, Salesforce e Unilever.

Nesta terça (2), durante a COP26, a LEAF confirmou ter arrecadado US$ 1 bilhão para países e também entidades subnacionais (estados) protegerem florestas e reduzirem o desmatamento.

Segundo a Emergent, oito estados brasileiros enviaram propostas: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. Dos estados da Amazônia Legal, portanto, apenas Rondônia não enviou proposta. O governo federal também não participou.

Enviaram propostas os seguintes países: Burkina Faso, Costa Rica, Equador, Gana, Guiana, Nepal, Nigéria, Papua Nova Guiné, Quênia, Uganda, Vietnã e Zâmbia. Também houve propostas dos estados de Jalisco e Quintana Roo (ambos no México), e da província de Tshuapa (República Democrática do Congo).

“A LEAF está no caminho para se tornar um dos maiores esforços público-privados de proteção às florestas tropicais, com a demanda total por reduções verificadas de emissões de sua crescente lista de participantes estimada em alcançar potencialmente pelo menos vários bilhões de dólares”, escreveu a Emergent, ao anunciar a arrecação de US$ 1 bilhão.

Em abril, o então ministro Ricardo Salles disse ao Estadão ter pedido ao governo dos Estados Unidos US$1 bilhão para combater o desmatamento.

Procurado, o Ministério do Meio Ambiente não respondeu às perguntas de O Antagonista.

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