Gonet prestigia lista tríplice ignorada por Lula
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, escolheu a subprocuradora-geral Luíza Frischeisen para oficiar nos processos de matéria criminal da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação...
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, escolheu a subprocuradora-geral Luíza Frischeisen para oficiar nos processos de matéria criminal da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A informação foi publicada pelo blog de Frederico Vasconcelos, da Folha de S.Paulo.
Frischeisen encabeçou a lista tríplice elaborada pelos membros do Ministério Público Federal (MPF) para indicar ao presidente da República os preferidos para assumir a Procuradoria Geral da República (PGR). Lula ignorou as sugestões para escolher Gonet.
A subprocuradora recebeu 526 votos dos seus colegas. Em segundo lugar na lista tríplice ficou Mário Bonsaglia, com 465 votos, e, em terceiro, José Adônis Callou, com 406 votos —ambos também são subprocuradores.
“Ela atuará em auxílio e sob a coordenação do vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, o número 2 do MPF”, diz a Folha.
O jornal lembra ainda que “Frischeisen atuou na Operação Anaconda, ação conjunta do MPF e da Polícia Federal que desbaratou uma quadrilha que negociava decisões judiciais na Justiça Federal em São Paulo e Mato Grosso do Sul”.
Frischeisen esteve entre os mais votados na lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em três eleições recentes. Ela já havia ficado em primeiro lugar em 2021. Em 2019, ficou em segundo.
Nas duas ocasiões, Jair Bolsonaro também optou por ignorar a lista e indicou Augusto Aras para a PGR.
A explicar, em março, por que não seguiria a lista tríplice, Lula disse o seguinte:
“Não penso mais [na lista tríplice], porque, quando eu vim para a presidência [pela primeira vez], trouxe a experiência do sindicato. Então, tudo para mim era lista tríplice. Já está provado que nem sempre a lista tríplice resolve o problema. Então, eu vou ser mais criterioso para escolher o próximo PGR.“
Caberá a Paulo Gonet “resolver o problema” de Lula pelos próximos dois anos à frente da Procuradoria Geral da República.
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