A Globo é alvo de uma ação civil pública da Defensoria Pública de São Paulo por uma reportagem considerada discriminatória contra transexuais.

A reportagem foi veiculada pelo Fantástico em 2019.

Na ocasião, o programa contou a história de Lourival Bezerra, que escondeu de sua família seu gênero biológico por 50 anos.

Bezerra era visto como o patriarca da família, mas, quando faleceu aos 78 anos, em 2018, constatou-se que tinha genitais femininas.

Os familiares nunca questionaram o gênero, porque Bezerra e sua esposa nunca tiveram relações sexuais. Ela já tinha filhos quando Bezerra entrou para a família.

Na reportagem do Fantástico, a apresentadora Poliana Abritta (foto) descreve Bezerra como “uma mulher que se passava por homem”.

A Defensoria Pública de São Paulo pede a “reparação do dano coletivo causado pela veiculação de reportagem discriminatória a respeito do falecimento do senhor Lourival Bezerra”, afirma o órgão em nota.

A ação foi ajuizada ainda em 2019, mas repercutiu no noticiário nesta terça-feira (18)

Uma audiência de conciliação está agendada para 31 de agosto.