Gilmar e Toffoli são formados em direito, diz STF
"Também não é verdade que os dois ministros nunca tenham conquistado a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)", diz mensagem do tribunal contra fake news

O site do Supremo Tribunal Federal (STF) publicou nesta terça-feira, 12, uma nota para dizer que os ministros Dias Toffoli (à esquerda na foto) e Gilmar Mendes (à direita na foto) são formados em direito e foram aprovados no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O tribunal também tem desmentido nas redes sociais postagens com outras desinformações.
“Essa fake news é antiga. O vídeo, compartilhado com falsa descrição antes dos ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, foi gravado na China, por uma empresa de vidros chamada Glass Laminating Machine, e o homem que destrói os vidros não tem nenhuma vinculação com o MST”, diz mensagem publicada pelo perfil de X do STF nesta terça.
Toffoli e Gilmar
“Nos últimos dias, vêm circulando posts nas redes sociais com a informação incorreta de que os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não são formados no curso de Direito, apesar de ocuparem duas cadeiras na Suprema Corte”, diz o texto publicado no site do tribunal nesta terça, que detalha a formação dos dois:
“Toffoli é bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da Universidade de São Paulo (USP), graduado no ano de 1990. Decano do STF, Gilmar Mendes é bacharel em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), graduado em 1978, além de possuir Mestrado e Doutorado pela UnB e pela Universidade de Münster, na Alemanha.”
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OAB
O STF destacou, ainda, que “também não é verdade que os dois ministros nunca tenham conquistado a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – documento que certifica a habilitação de um advogado para exercer a profissão no Brasil”.
Segundo o site do tribunal, “Toffoli e Mendes pediram a suspensão da carteira da OAB antes de assumiram as vagas no STF, mas ambos possuíam o documento anteriormente ao exercício da função de ministros da Suprema Corte”.
“No caso de Toffoli, o cadastro, por ser mais recente, está inclusive disponível no site do Cadastro Nacional do Advogado com status cancelado”, destaca o STF.
Carreiras
A nota segue descrevendo as carreiras dos ministros antes de entrar no STF:
“Toffoli exerceu a advocacia em Brasília e em São Paulo em dois períodos distintos: entre os anos de 2005 e 2007 e, também, entre 1991 e 1995 – o que só seria possível com o documento fornecido pela OAB. O ministro também é professor de Direito Constitucional na Escola da Magistratura da Associação dos Magistrados do Distrito Federal e no Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCeub).
Decano do Supremo, o ministro Gilmar Mendes ocupou o cargo de procurador da República, aprovado por meio de concurso público, antes de ingressar no STF. O ministro também ocupou cargos na Secretaria Geral da Presidência da República (adjunto e consultor jurídico), foi assessor técnico no Ministério da Justiça, subchefe de assuntos jurídicos na Casa Civil da Presidência da República, além de advogado-geral da União entre os anos de 2000 e 2002.
Na área acadêmica, Gilmar Mendes é professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB), assim como é professor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) desde o ano de 1998, entre outras inúmeras atividades em diversas instituições de ensino.”
Alerta
A nota termina alertando “para a importância de não repassar informações publicadas em locais não confiáveis e com dados alarmistas ou teorias conspiratórias”.
“Para conscientizar a sociedade sobre a importância do papel de cada um para evitar a propagação de notícias falsas sobre o STF e seus ministros, o Supremo Tribunal Federal publica notícias, quando necessário, nas quais informações falsas ou deturpadas atribuídas à Corte e aos seus ministros são objeto de correção“, justifica-se o tribunal.
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