Geraldo Alckmin: a derrota da velha política
Geraldo Alckmin parecia reunir todas as credenciais para vencer o pleito presidencial de 2018: larga experiência no Executivo, governador do mais rico estado da nação, representante de uma legenda tradicional que foi competitiva nas cinco últimas disputas, dinheiro em caixa, ampla aliança política (PTB, PPS, PSD, PR, PP, DEM, Solidariedade e PRB) e, consequentemente, muito tempo de exposição do horário eleitoral gratuito...
Geraldo Alckmin parecia reunir todas as credenciais para vencer o pleito presidencial de 2018: larga experiência no Executivo, governador do mais rico estado da nação, representante de uma legenda tradicional que foi competitiva nas cinco últimas disputas, dinheiro em caixa, ampla aliança política (PTB, PPS, PSD, PR, PP, DEM, Solidariedade e PRB) e, consequentemente, muito tempo de exposição do horário eleitoral gratuito.
Era a velha fórmula para vencer — que, justamente por ser velha, não deu certo.
O tucano terminou o primeiro turno em 4º lugar, com apenas 4,76% dos votos válidos, marca vergonhosa para os tucanos. Pela primeira vez em 29 anos, o PSDB ficou de fora do segundo turno.
Alckmin não conseguiu conquistar o eleitorado Brasil afora e nem sequer aliados domésticos, como Fernando Henrique Cardoso — que ora ignorava o nome de Alckmin, ora incentivava a aventura presidencial de Luciano Huck.
João Doria, por sua vez, nunca acreditou na vitória do padrinho, de quem queria o lugar na chapa presidencial. Com uma campanha “Bolsodoria” acontecendo nos bastidores durante o 1º turno e oficialmente no 2º, o ex-prefeito de São Paulo mal falou de Alckmin durante o pleito.
Nem o anúncio de Ana Amélia como vice (que foi chamada por ele de “Kátia Abreu”), senadora bastante popular no Rio Grande do Sul, conseguiu fazer com que Alckmin subisse um pouquinho nas pesquisas.
Derrotado, Alckmin fechou contrato com uma universidade para dar aulas na faculdade de medicina. Mas ainda terá de enfrentar a Justiça.
No fim de novembro, a CCR, que atua no mercado de concessões de estradas, metrôs e aeroportos, fechou um acordo com o Ministério Público, relatando que teria doado R$ 44 milhões para o caixa dois de políticos de São Paulo.
O nome do velho Alckmin está na lista.
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