Geddel vive
Geddel Vieira Lima está vivo, solto e não deixou de atuar na política da Bahia. O ex-deputado que foi ministro de Dilma Rousseff e de Michel Temer ajudou a emplacar o vice na chapa do PT ao governo do estado, embora evite os holofotes e negue essa articulação publicamente. "Vim aqui só para ver o movimento. Eu não sou político, sou curioso...
Geddel Vieira Lima está vivo, solto e não deixou de atuar na política da Bahia. O ex-deputado que foi ministro de Dilma Rousseff e de Michel Temer ajudou a emplacar o vice na chapa do PT ao governo do estado, embora evite os holofotes e negue essa articulação publicamente.
“Vim aqui só para ver o movimento. Eu não sou político, sou curioso”, disse ele a jornalistas, há pouco, segundo registro do site local Informe Baiano.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (30): Geraldo Júnior (MDB), atual presidente da Câmara Municipal de Salvador — reeleito ontem, após uma manobra que antecipou as eleições internas –, integrará a chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de Educação do governo de Rui Costa.
A esquerda baiana bateu cabeça antes de definir a pré-candidatura de Rodrigues: primeiro, tentou convencer o senador Jaques Wagner a ser o nome ao governo; depois, também sem êxito, o PT procurou forçar uma pré-candidatura de Otto Alencar (PSD), que buscará a reeleição ao Senado.
No evento de anúncio do emedebista como vice, Wagner disse que a costura política na Bahia “é um sinal para o MDB nacional, para facilitar o encontro” com Lula. Institucionalmente, no âmbito nacional, PT e MDB estão afastados, pelo menos em tese, desde o impeachment de Dilma Rousseff, que alçou o vice emedebista Temer ao Planalto.
Lúcio Vieira Lima, também ex-deputado e irmão de Geddel, participou igualmente do evento político da tarde de hoje, em Salvador. Os irmãos, nos bastidores, continuam conduzindo os movimentos do MDB local.
Em 2017, Geddel foi preso duas vezes: uma pela Operação Greenfield e outra após a apreensão de mais de 51 milhões de reais em um apartamento ligado a ele. Dois anos depois, o STF condenou os irmãos pelo episódio do bunker. Em 2021, o mesmo Supremo derrubou a condenação por associação criminosa — mesmo com a permanência da condenação por lavagem de dinheiro, a nova decisão garantiu a progressão de regime.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)