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Garimpo de cobre ilegal descoberto com trabalhadores em condições análogas à escravidão no Pará

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Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 30.01.2024 18:22 comentários
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Garimpo de cobre ilegal descoberto com trabalhadores em condições análogas à escravidão no Pará

Garimpo ilegal de cobre é encerrado em Canaã dos Carajás, Pará. Trabalhadores eram mantidos em condições similares à escravidão.

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Garimpo de cobre ilegal descoberto com trabalhadores em condições análogas à escravidão no Pará
Fonte: PF/Ascom

Um garimpo ilegal de cobre foi flagrado com 26 pessoas em condições análogas à escravidão. As vítimas trabalhavam num local próximo à vila Nova Jerusalém, em Canaã dos Carajás, sendo este município localizado no interior do Pará e a quase 800 quilômetros de Belém. Após o flagrante, o garimpo foi fechado e os detalhes da operação foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Polícia Federal.

Responsáveis e possíveis consequências

Dentre os responsáveis pelo garimpo ilegal, foram identificados dois brasileiros e um chinês. Estes deverão responder judicialmente pelos crimes cometidos. Segundo os investigadores, a China é provavelmente o destino do minério que foi extraído de maneira ilegal na região. Os proprietários do garimpo não se encontravam no local no momento da operação. Eles serão acusados por crimes de extração ilegal de minérios, crime ambiental associado ao garimpo ilegal e redução do trabalhador à condição análoga à escravidão.

Trabalho degradante e risco à vida

A operação resultou ainda na prisão de uma pessoa por posse ilegal de explosivos, comumente usados para abrir buracos com dezenas de metros por onde os trabalhadores descem para extrair o cobre, colocando suas vidas em risco. O Ministério Público do Trabalho foi notificado acerca da situação dos 26 funcionários encontrados em condições degradantes, e após desativação dos cinco alojamentos do garimpo, as declarações dos funcionários foram tomadas e eles foram liberados para retornarem às suas casas.

Apreensões durante a operação

A polícia conseguiu fechar 14 pontos de extração de cobre durante a operação. Entre os itens apreendidos estão 100 invólucros de explosivos, um rolo de cordel detonantes, 15 motores, cinco marteletes, três geradores, três motosserras, uma retroescavadeira e uma perfuratriz de sondagem avaliada em mais de R$ 1 milhão. A operação contou com a participação de mais de 30 servidores, incluindo policiais federais, militares e agentes do ICMBio.

Reincidência no crime

Essa foi a terceira fase da operação Nova Jerusalém. O ponto de garimpo ilegal de cobre já foi alvo de outras operações recentes da PF. No dia 30 de agosto do ano passado, nove trabalhadores foram resgatados no mesmo local em condições degradantes de trabalho, configuração característica de trabalho análogo ao de escravo.

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