O futuro presidente do Superior Tribunal Militar, ministro-brigadeiro Joseli Parente Camelo (foto), defendeu nesta terça-feira (28) a decisão de Alexandre de Moraes de levar a julgamento no STF militares acusados de envolvimento com os atos de vandalismo do dia 8 de janeiro, informa a Folha.

“Isso não quer dizer que ao longo do processo, das investigações, venham a ser identificados que um ou outro são crimes militares. Neste caso, eu entendo que esses que forem entendidos como crimes militares seriam encaminhados para Justiça Militar. Mas neste primeiro momento o entendimento é de que não houve crime militar”, disse Camelo ao jornal paulistano.

O futuro presidente do STM disse ter levado para casa a decisão de Moraes e lido “duas, três vezes” para entendê-la. Ao final, considerou a medida do ministro do STF correta e disse não se preocupar com eventuais brechas para buscas e apreensões em organizações militares. “Decisão da Justiça precisa ser cumprida em qualquer situação, não é?”

O ministro-brigadeiro, que tem 69 anos, assumirá em março a vaga do ministro-general Lúcio Mário Góes no comando do STM. Ele foi piloto de Lula e Dilma Rousseff, designado pela Aeronáutica, e calcula ter pilotado cerca de 10 mil horas nos 12 anos em que serviu à Presidência.