A frente fria que chegou ao Sudeste causou fortes chuvas em São Paulo está se deslocando para os demais estados da região, trazendo consigo a possibilidade de temporais.

Meteorologistas afirmam que Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais devem ser os mais afetados, com grandes volumes de chuva esperados. A Climatempo alerta que apesar da frente fria já ter se afastado do Sul do país, os ventos vindos do oceano ainda podem provocar instabilidade climática na região.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico de perigo devido aos temporais no Sudeste. Todo o estado do Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais e sul do Espírito Santo devem registrar chuvas intensas nesta quinta-feira, 7. Os acumulados podem chegar a 100 milímetros por dia, com risco de ventos intensos de até 100 km/h.

Risco de deslizamentos

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alerta para o risco moderado de deslizamentos nessas regiões. Há também um risco moderado de deslizamentos em São Paulo, onde as pancadas de chuva devem ser mais isoladas e menos volumosas. Devido ao solo encharcado pelos temporais dos últimos dias, ainda há um considerável risco para deslizamentos.

No Sul do país, após dias de instabilidade causados pela frente fria, a chuva retorna devido a uma área de baixa pressão no Paraguai. Segundo meteorologistas, essa condição favorecerá as pancadas de chuva, especialmente no oeste do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A massa de ar seco que predominou após a passagem da frente fria está se afastando, permitindo o retorno das áreas de instabilidade na região, diz reportagem do G1.

As temperaturas, que haviam diminuído com a chegada da frente fria em outras regiões do país, voltarão a subir no Sul nesta quinta-feira.

Previsão para o Norte

Enquanto isso, no Norte do Brasil, além das chuvas causadas pela frente fria no Sudeste, a região também deve continuar enfrentando acumulados significativos de chuva ao longo desta semana. A meteorologista Maria Clara Sassaki analisa que as pancadas de chuva no Acre devem ser um pouco mais pontuais em comparação com a semana anterior.

No entanto, a preocupação ainda é grande na região devido ao alto nível dos rios e ao número de desabrigados decorrentes das chuvas no estado. O Rio Acre já ultrapassou a marca histórica de 2023 e atingiu o segundo maior nível da história na capital do estado, chegando a 17,89 metros.

As chuvas na cabeceira dos rios são as principais responsáveis pelo aumento do Rio Acre, o que afeta diretamente a região próxima à capital. O Cemaden alerta para o risco muito alto de inundações na região do Vale do Acre, com destaque para Rio Branco. A população local deve estar atenta e tomar as devidas precauções diante dessa situação.