As equipes da Defesa Civil de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, tiveram trabalho intenso na noite da última terça-feira (16), quando uma forte chuva atingiu a capital. A tempestade derrubou cerca de 150 árvores, inundou hospitais, interferiu no abastecimento de água e obrigou os bombeiros a atuar em resgates de pessoas ilhadas.

Picos de ventos de até 107km/h

De acordo com a MetSul Meteorologia, alguns bairros registraram precipitação de até 75 milímetros até meia noite de quarta-feira (17). Para efeito de comparação, a média histórica de chuva para o mês de janeiro é de 120 milímetros. A Climatempo registrou ventos de até 107 km/h na base aérea de Canoas, e de 89 km/h no aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre.

Água no hospital

A Secretaria Municipal de Saúde informou que os impactos foram severos em vários hospitais. O Hospital de Pronto Socorro, por exemplo, foi afetado por retorno da rede de esgoto e teve alagamentos na emergência e no 5º andar. A situação obrigou hospitais a operar com a energia de geradores e a remanejar pacientes. Alguns locais tiveram que ser temporariamente fechados devido às avarias e problemas na estrutura.

Alagamentos e quedas de árvores obstruem vias

A Empresa Publica de Transporte e Circulação registrou 21 ocorrências devido às chuvas, incluindo bloqueios de vias por acúmulo de água e por árvores caídas. Espaços públicos e privados também sofreram danos, como uma árvore que desabou sobre um carro no bairro Bom Fim e uma banca de jornal que caiu na rua Dona Margarida.

Abasteciemento de Água prejudicado

O abastecimento de água também foi afetado, visto que cinco estações de tratamento de água e 22 casas de bombas (de águas pluviais) ficaram sem energia elétrica durante a tempestade. Ademais, uma estrutura metálica desabou na BR-448, obstruindo a via no entorno da Arena do Grêmio.

Este episódio grave veio apenas alguns dias depois do governador Eduardo Leite anunciar que as chuvas já haviam causado 10 mortes no estado na última semana.

Dessa forma, as autoridades continuam a monitorar o cenário e atuando na resposta a esses desastres, enquanto a população tenta se recuperar dos danos causados pelas fortes chuvas.