Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF
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Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 08.02.2024 10:02 comentários
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Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF

Polícia Federal só não informou aos comandantes das Forças Armadas os nomes dos 16 alvos militares da Operação Tempus Veritatis, que mira grupo de Bolsonaro

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Forças Armadas foram informadas na véspera sobre operação da PF
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Os comandantes do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva (ao centro da foto), e da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen (à esquerda na foto), foram informados pela Polícia Federal na noite da quarta-feira, 7, sobre a Operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã quinta-feira, 8, pela Polícia Federal.

Os nomes dos militares visados pela operação, no entanto, foram preservados pelo órgão.

Como mostramos mais cedo, 16 integrantes das Forças Armadas foram alvos da PF. O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o general Augusto Heleno e o general Walter Braga Netto estão na lista dos investigados.

Golpe de Estado

Segundo as investigações, os militares teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para obter vantagem de natureza política com a manutenção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

Além dos comandantes de Marinha e Exército, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, também foi comunicado por integrantes da PF de que ocorreria uma ação mirando militares . Oficialmente, a PF não informa o nome dos investigados, já que a ação ainda está em curso. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Mores, que autorizou as ações, ainda não derrubou o sigilo da operação desta quinta-feira.

“Milícia digital”

Em comunicado, a Polícia Federal informou que as apurações apontam que o grupo investigado “se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições presidenciais de 2022”, antes mesmo da realização do pleito, para “viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

“O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”, declarou a PF em nota oficial divulgada há pouco.

Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em nove estados –Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás– e no Distrito Federal.

Operação Tempus Veritatis

Deflagrada nesta manhã, a Operação Tempus Veritatis apura uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder, na descrição dos investigadores.

Os agentes cumprem quatro mandados de prisão, entre eles o de Filipe G. Martins, ex-assessor de assuntos internacionais de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. Os dois já foram detidos.

Também são alvo da operação Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL e Anderson Torres, ex-ministro da Justiça. O próprio Bolsonaro recebeu um ordem para entregar seu passaporte em 24 horas.

Leia mais:

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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