Filho de Stédile, líder do MST, consegue boquinha na Câmara
O fotógrafo Rafael Almeida Stédile assumiu um cargo no gabinete do deputado federal João Daniel (PT-SE)
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O fotógrafo Rafael Almeida Stédile, filho do líder do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), João Pedro Stédile (foto, ao centro), conseguiu uma boquinha na Câmara dos Deputados, assumindo um cargo no gabinete do deputado federal João Daniel (PT-SE), registrou o Metrópoles.
O filho de Stédile foi nomeado nesta quarta-feira, 28, secretário parlamentar do petista.
Rafael é formado pela Escola de Comunicações e Artes da USP e atua como fotógrafo desde 2013. Em 2022, ele acompanhou a campanha de Edegar Pretto, candidato derrotado do PT ao governo do Rio Grande do Sul.
Empossado nesta quarta-feira, o filho do líder do MST deve receber uma remuneração de 10,8 mil reais.
O que diz João Daniel sobre o novo secretário?
Em nota, o deputado João Daniel afirmou que Rafael Stédile não é militante do MST nem está ligado a partidos políticos, apesar do parentesco com o líder do movimento.
“Rafael Stedile é formado em publicidade e trabalha como fotógrafo autônomo há mais de 10 anos no mercado corporativo e contribui com movimentos sociais. Apesar de ter uma trajetória de trabalhos ligados a questões políticas, não é filiado a nenhum partido e não é militante do MST. Cumprirá uma tarefa técnica de Comunicação para o gabinete.”
João Pedro Stédile e o MST
Aliado de Lula, João Pedro Stédile classificou 2023 como “o pior ano de todos os 40 anos do MST” em termos de famílias assentadas. Mas atribuiu a culpa aos governo de Jair Bolsonaro e Michel Temer.
“Faltaram recursos, porque o orçamento era do governo passado, e de certa forma o Estado brasileiro, com o desmonte que houve nos seis anos de governos fascistas, impediu que agora a máquina se voltasse para as necessidades dos trabalhadores”, disse o líder do MST em mensagem de Natal.
O MST retomou em 2023 as invasões de propriedade que rarearam durante os anos do governo Bolsonaro. Foram tantas no início do ano que a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o movimento.
A CPI acabou sem a aprovação do relatório final de Ricardo Salles (PL-SP), que pedia o indiciamento de 11 pessoas, após intervenção do governo Lula para inverter a relação de forças no colegiado.
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