Marcelo Odebrecht disse à PGR que a empreiteira não costumava apoiar campanhas municipais, mas Guido Mantega fez “um pedido especial” para que ele ajudasse a eleger Fernando Haddad prefeito de São Paulo.

“Era uma campanha muito apoiada por Lula e, portanto, teve um peso muito forte”, relatou.

Os pagamentos foram realizados, via caixa 2, para bancar os serviços de João Santana.

“Como ficou evidente, a gente acabou sendo uma forma fácil de pagar as despesas dos serviços de marketing que João Santana prestava para vários candidatos do PT. Mas eu só atendia os pedidos de Palocci e do Guido.”

O delator reforçou que os recursos das contas Italiano e Pós-Italiano eram “um crédito pré-estabelecido, que eles (a ORCRIM) iam gastando por conta, antes da eleição”.

“Eu não me preocupava muito. Eu já tinha me comprometido com o dinheiro. O dinheiro não era mais meu.”

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