Após um período de restrições, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou a retomada das operações com aviões a jato no aeroporto de Fernando de Noronha. Essa decisão marca um importante passo para o turismo e a economia local, permitindo que companhias aéreas voltem a operar com aeronaves maiores e mais rápidas.

A Latam e a Azul foram as primeiras a anunciar o retorno dos voos com jatos para o arquipélago. A Latam, que havia interrompido suas operações regulares devido à proibição anterior, planeja reiniciar seus voos com aeronaves Airbus A320, aumentando gradualmente a frequência de voos ao longo dos próximos meses.

Como será a operação das companhias aéreas?

A Latam iniciará suas operações com três voos semanais na rota Recife-Fernando de Noronha, utilizando o Airbus A320, que acomoda 174 passageiros. A partir de abril, a frequência aumentará para quatro voos semanais, e em maio, serão cinco voos, incluindo a rota Guarulhos-Fernando de Noronha com o Airbus A319, que possui capacidade para 140 passageiros.

Por sua vez, a Azul, que atualmente opera com aviões turboélice ATR 72-600, passará a utilizar jatos Embraer E2 a partir de maio. A empresa planeja oferecer 18 frequências semanais em cada sentido, totalizando 4.900 assentos por semana. Durante a alta temporada, a Azul poderá expandir suas operações a partir de Campinas, aumentando o fluxo de turistas para a região.

Por que os jatos foram proibidos anteriormente?

Em outubro de 2022, a Anac proibiu a operação de jatos em Fernando de Noronha devido ao risco de aspiração de detritos pelos motores a reação, o que poderia comprometer a segurança das operações. Apenas aeronaves com motores turboélice foram autorizadas a operar durante esse período.

Para resolver essa questão, foram realizadas obras significativas na pista de pouso e decolagem do aeroporto. A requalificação incluiu a recuperação de uma faixa central de 18 metros de largura e a recomposição da sinalização de solo, garantindo a segurança necessária para o retorno dos jatos.

Quais são os planos futuros para o aeroporto?

A recuperação completa da pista de pouso e decolagem está prevista para ser concluída até o final de 2025. As obras, que ocorrem entre março e dezembro, são monitoradas pela Anac e são essenciais para a continuidade das operações de jatos no aeródromo.

Com a retomada dos voos a jato, espera-se um impacto positivo no turismo e na economia local, proporcionando maior acessibilidade ao arquipélago e fortalecendo o setor turístico da região. As melhorias na infraestrutura do aeroporto são vistas como um passo crucial para garantir operações seguras e eficientes no futuro.