O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), criticou as falas do presidente Lula em que o petista banaliza o holocausto.

Na manhã deste domingo, o petista voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial. Até o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reagiu.

“A recente declaração do presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que coloca em par de igualdade a dolorosa guerra na Faixa de Gaza, iniciada e motivada pelo grupo terrorista Hamas, com o holocausto, é lamentável, injusta e desrespeitosa”, afirmou o parlamentar.

“O povo israelense sofre com um momento ímpar em sua história de luta contra o terrorismo, um mal que há muito assola a região e o mundo. Os países livres devem se unir para combater esse mal, ao invés de criar pontos de tensão com falas controversas que distorcem a história”, acrescentou.

Barbosa relembrou que o Hamas é um grupo terrorista, “com evidências concretas que apontam para essa classificação”. “O modus operandi do grupo é claro: gerar medo e pânico por meio de ataques pontuais, violentos e frios, que assassinaram mulheres e crianças no território israelense. Foi assim em outubro do ano passado, quando o grupo terrorista invadiu Israel e deixou vários mortos, inclusive, brasileiros que viviam no país”, disse o deputado.

“Combater o Hamas não é ser contra os palestinos. É meramente exercer o papel fundamental das democracias livres que, em conjunto, devem trabalhar para coibir as práticas violentas e proteger os inocentes, tanto judeus, quanto árabes”, acrescentou.

Na manhã desde domingo, Lula conseguiu o feito de comparar a reação de Israel aos ataques do Hamas ao Holocausto.

“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o petista.

A declaração foi feita durante entrevista a jornalistas no hotel em que está hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia.