No julgamento sobre a suspeição de Sergio Moro, Edson Fachin rechaçou o uso das mensagens roubadas por hackers dos procuradores da força-tarefa para anular condenações da Lava Jato.

“Seria irônico, quando não um absurdo completo que documentos que tenham potencial de anular integralmente a Operação Lava Jato, que de acordo com as várias petições da defesa, violam o devido processo legal, e que sejam utilizados esses documentos violando o próprio devido processo legal”, disse o ministro.

Ele disse, contudo, que a “ampla divulgação dessas mensagens exige mesmo pronunciamento do Poder Judiciário”.

“Os diálogos são graves, merecem ser apurados, e o Judiciário deve dar uma reposta a ele, porque o conteúdo pode conferir novo sentido à presente impetração. Para isso, é fundamental, como bem acentuou de maneira exemplar o eminentes ministro Nunes Marques, que se observe o devido processo legal, com perícia oficial, a sua adequada contextualização, a produção de possíveis novas provas, e a oitiva do magistrado e membros do Ministério Público.”