Fabrício Queiroz: a Fênix das rachadinhas
Para Fabrício Queiroz, 2021 foi o ano de "dar a volta por cima", com uma grande ajuda da Justiça brasileira. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, apontado como operador do esquema de rachadinha, deixou a condição de denunciado e passou até cogitar a possibilidade disputar um cargo político em 2022...
Para Fabrício Queiroz, 2021 foi o ano de “dar a volta por cima”, com uma grande ajuda da Justiça brasileira.
O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, apontado como operador do esquema de rachadinha, deixou a condição de denunciado e passou até cogitar a possibilidade disputar um cargo político em 2022.
Enquanto Flávio tentava garantir seu foro, para ser julgado pelo Órgão Especial do TJ-RJ, o STJ anulou, em fevereiro, as quebras de sigilo do senador, que serviram de base para denúncia contra ele e Queiroz, apresentada pelo MP-RJ em novembro de 2020.
Os investigadores entenderam que seria melhor preparar uma nova denúncia, para diminuir as chances de que ela fosse arquivada. Com isso, Queiroz ganhou tempo.
No mês seguinte, o ex-assessor recebu mais um presente. O STJ revogou sua prisão domiciliar. Ele estava sob a medida cautelar desde agosto de 2020.
Queiroz começou então a retomar sua rotina aos poucos, como se nada tivesse acontecido.
Em abril, ele celebrou o aniversário da filha Nathália, também denúnciada pelo MP. O ex-assessor de Flávio publicou fotos da festa nas redes sociais. Na mesma semana, Queiroz ainda visitou a sede do governo do Rio de Janeiro.
Meses mais tarde, ele publicou fotos praticando tiro esportivo em um clube na Barra da Tijuca. Queiroz atirou com várias armas diferentes e posou fazendo “cara de mau”.
Em junho, o ex-assessor disse ao UOL, em tom de ironia, que poderia se candidatar a algum cargo político em 2022. Depois de uma matéria do portal sobre a alternativa, Queiroz escreveu: “Nem eu mesmo sabia dessa pretensão. Você me deu uma boa ideia”.
No Brasil, como sabemos, infelizmente é necessário levar ironia a sério. Prova disso é que, nos atos bolsonaristas de 7 de Setembro, Queiroz foi às ruas de Copacabana com uma camisa do Brasil. Ele tirou foto com manifestantes e foi ovacionado, como se fosse herói nacional.
Nas redes sociais, Queiroz reclamou por se sentir abandonado por antigos amigos. Ele publicou uma foto em que Jair Bolsonaro aparece ao lado do deputado Hélio Negão, do assessor presidencial Max Guilherme e de Fernando Nascimento, assessor de Flávio.
Queiroz escreveu: “É! Faz tempo que eu não existo para esses 3 papagaios aí!”
No mesmo dia, completou: “Minha metralhadora está cheia de balas kkkk.”
Mais tarde, o ex-assessor minimizou as declarações e alegou que tudo não passou de uma estratégia para identificar petistas em suas redes. Pareceu recado.
Em novembro último, Queiroz ganhou um presentão de Natal antecipado: o STJ anulou o processo sobre as rachadinhas de Flávio Bolsonaro, das quais ele era o operador.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)