A campanha de reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), prepara um antídoto para a estratégia do PT e do PSOL de associá-lo ao campo antidemocrático pelo apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os emedebistas vão sacar do bolso Paulo Maluf (foto, à direita do então deputado e hoje senador Esperidião Amin, em 2015), ex-governador de São Paulo.

Segundo a Folha de S.Paulo, os aliados de Nunes pretendem “lembrar na campanha à reeleição do gestor o apoio do ex-prefeito Paulo Maluf (PP) a Fernando Haddad (PT) em 2012 e a chapa de Luiza Erundina (à época no PSB) e Michel Temer (MDB) em 2004”.

Maluf apoiou a campanha de Haddad em 2012, que legou para a política brasileira fotos clássicas, dos cumprimentos entre Lula, o então candidato a prefeito e o antigo adversário. A foto virou um símbolo do fisiologismo e do pragmatismo político no Brasil.

Oito anos antes, o ex-presidente Michel Temer — um “golpista” para a esquerda nacional — formara chapa com a deputada federal Luiza Erundina (SP), atualmente no PSOL de Guilherme Boulos (SP), que lidera as pesquisas de intenção de voto à Prefeitura de São Paulo.

“Frente ampla”

O MDB reivindica também a “frente ampla” de 2024 em São Paulo. Ao celebrar a primeira reunião que teve com Boulos para negociar a chapa à Prefeitura, em 13 de janeiro, Marta Suplicy publicou uma mensagem pedindo a formação de uma “frente ampla”.

O presidente nacional do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), reagiu: “O termo ‘frente ampla’ é sinônimo de MDB, partido de centro que nasceu como frente contra a ditadura. Em SP, o candidato do MDB, Ricardo Nunes, prepara uma frente com siglas de centro-esquerda, centro-direita e direita (Solidariedade, Avante, PL, PSD, PP, PSDB e Cidadania)”.

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