“Eu acabei com a Lava Jato”
Prisões por corrupção no Brasil caíram ao menor patamar dos últimos 14 anos, segundo dados da Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal obtidos pela agência Fiquem Sabendo, por meio da Lei de Acesso à Informação...
Prisões por corrupção no Brasil caíram ao menor patamar dos últimos 14 anos, segundo dados da Coordenação de Repressão à Corrupção da Polícia Federal obtidos pela agência Fiquem Sabendo, por meio da Lei de Acesso à Informação.
Em 2021, foram apenas 143 prisões entre janeiro e setembro, uma queda de 44% em relação ao mesmo período de 2020.
Como O Antagonista noticiou na ocasião, uma das primeiras medidas de André Mendonça ao suceder Sergio Moro no Ministério da Justiça e da Segurança Pública foi mudar o foco de atuação da PF, que passou a concentrar esforços na repressão às drogas — política foi mantida por Anderson Torres.
O Estadão lembra que, ao assumir o comando da PF, Paulo Maiurino promoveu uma série de mudanças na cúpula da instituição, inclusive na Coordenadoria-Geral de Repressão à Corrupção: o delegado Isalino Giacomet substituiu Thiago Delabary, que investigou Michel Temer (MDB) na época da Lava Jato. “O inquérito contra o emedebista acabou arquivado.”
A redução de prisões por corrupção também coincide com a gestão de Augusto Aras na PGR. Crítico do que chama de “lavajatismo”, o procurador-geral desmontou o bem-sucedido modelo de força-tarefa, perseguiu ex-integrantes da Lava Jato e engavetou investigações.
Numa live com advogados petistas, disse que o lavajatismo haveria “de ser superado pelo natural, bom e antigo enfrentamento à corrupção”.
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