A CPI do Carf e a delação do ‘ex’ da Hypermarcas
Há algo muito estranho no caso Hypermarcas...
Há algo muito estranho no caso Hypermarcas.
O Estadão noticiou que o ex-diretor do grupo Nelson Mello resolveu fazer delação premiada, na qual assumiu a responsabilidade por ter distribuído R$ 30 milhões a Renan Calheiros, Romero Jucá e Eduardo Braga.
Não há informações sobre as razões que levaram Mello a se entregar. Carece de credibilidade a versão de que ele teria movimentado tal soma sem o conhecimento de João Alves de Queiroz Filho, o Júnior, dono do grupo.
Júnior e Mello se conhecem há mais de 20 anos e mantinham uma relação de parceria e confiança total. Mello, como diretor de Relações Institucionais, era responsável pelo lobby da Hypermarcas no Congresso.
Curiosamente, o cargo de Mello foi extinto após sua saída e a empresa diz que fez uma auditoria interna para levantar os malfeitos.
Há em curso um ação controlada. Há poucos meses, Júnior contratou uma caríssima banca de advogados e assessores de imprensa, entre eles o ex-ministro Thomas Traumann.
O Antagonista sabe que Júnior estava muito preocupado em ser citado por Mello em sua delação.
Júnior também está preocupadíssimo em ser convocado a depor na CPI do Carf. Ele é alvo de requerimento do deputado Altineu Côrtes, que deseja esclarecimentos sobre os 39 recursos que a Hypermarcas apresentou no Carf, entre 2004 e 2015.
Fontes da PF dizem que há emails entre Nelson Mello e Lytha Spíndola, ex-assessora da Casa Civil de Antonio Palocci, alvo da Operação Zelotes, que investiga venda de decisões no Carf.
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