Esse animal vive mais de 400 anos — e ainda está em atividade
Conheça o animal que pode viver mais de 400 anos e entenda como ele sobrevive tanto tempo em ambientes extremos.

Enquanto a maioria dos animais tem ciclos de vida relativamente curtos, alguns seres vivos desafiam os limites da longevidade. Um dos casos mais surpreendentes é o do tubarão-da-Groenlândia, uma espécie marinha que pode viver mais de quatro séculos — e que, mesmo com idade avançada, continua em atividade.
Esse verdadeiro ancião dos mares habita as águas geladas do Atlântico Norte e representa um dos maiores mistérios da biologia marinha. Sua expectativa de vida impressionante tem sido objeto de estudos científicos que buscam entender os segredos da longevidade animal.
O tubarão-da-Groenlândia: uma lenda viva dos oceanos
O Somniosus microcephalus, conhecido como tubarão-da-Groenlândia, é uma das criaturas mais antigas em atividade no planeta. Ele pode atingir até 7 metros de comprimento e vive em profundidades entre 200 e 600 metros, em regiões extremamente frias e escuras.
Estudos com datação por radiocarbono em cristais do olho indicaram que alguns indivíduos têm mais de 400 anos de idade. Um exemplar analisado pelos cientistas da Universidade de Copenhague, por exemplo, nasceu por volta de 1620 e ainda estava vivo quando foi estudado.
Por que ele vive tanto tempo?
A explicação está na combinação de fatores como metabolismo extremamente lento, ambiente gelado e ritmo de crescimento gradual. O tubarão-da-Groenlândia cresce cerca de 1 centímetro por ano e só atinge a maturidade sexual por volta dos 150 anos.
Esse metabolismo reduzido diminui o desgaste celular e favorece uma vida mais longa. Além disso, a baixa presença de predadores naturais e a estabilidade de seu habitat contribuem para sua impressionante longevidade. É a natureza trabalhando em seu próprio ritmo.
Um predador lento, mas eficiente
Apesar da aparência lenta e do deslocamento quase preguiçoso, o tubarão-da-Groenlândia é um predador eficiente. Alimenta-se de peixes, lulas e até carcaças de grandes animais marinhos, como focas e baleias.
Há registros surpreendentes de restos de ursos-polares e renas encontrados no estômago de exemplares dessa espécie. A hipótese é que esses animais tenham caído na água e sido devorados posteriormente — uma prova da adaptabilidade do tubarão mesmo em ritmo reduzido.

O interesse científico pela espécie
Pesquisadores estudam o tubarão-da-Groenlândia não apenas por sua idade, mas também pelos mecanismos biológicos que retardam o envelhecimento. Esses estudos podem fornecer pistas importantes para a medicina humana, especialmente na busca por tratamentos que desacelerem o processo de deterioração celular.
Além disso, por viver em áreas remotas e profundas, essa espécie ajuda a monitorar a saúde dos ecossistemas marinhos do Ártico. Sua longevidade a torna um verdadeiro “arquivo vivo” de mudanças ambientais ao longo dos séculos.
A vida longa como adaptação silenciosa
O tubarão-da-Groenlândia é uma prova de que a natureza pode alcançar feitos impressionantes em silêncio. Longe das superfícies agitadas e das águas tropicais, ele sobrevive há séculos, testemunhando transformações no planeta que nós apenas começamos a registrar.
Conhecer sua história é lembrar que nem todos os superpoderes estão na velocidade ou na força. Às vezes, a resistência ao tempo é o maior deles — e este tubarão é o mestre absoluto dessa arte.
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