Esquema na FGV começou no governo Rosinha, diz MP Esquema na FGV começou no governo Rosinha, diz MP
O Antagonista

Esquema na FGV começou no governo Rosinha, diz MP

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 11.08.2020 17:05 comentários
Brasil

Esquema na FGV começou no governo Rosinha, diz MP

O esquema da Fundação Getúlio Vargas para enriquecer seus gestores de forma ilegal foi montado em 2006, no governo de Rosinha Garotinho, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro...

avatar
Redação O Antagonista
3 minutos de leitura 11.08.2020 17:05 comentários 0
Esquema na FGV começou no governo Rosinha, diz MP
FGV Rio

O esquema da Fundação Getúlio Vargas para enriquecer seus gestores de forma ilegal foi montado em 2006, no governo de Rosinha Garotinho, segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Na ação apresentada ontem à Justiça para afastar o presidente, o vice e mais quatro diretores, o órgão afirma que, naquele ano, o governo estadual contratou a FGV sem licitação e incluiu no contrato uma cláusula que daria um ganho extraordinário à fundação.

O objeto do contrato era a avaliação do valor de venda do Berj, banco estatal que havia herdado as dívidas do antigo Banerj. O contrato previa o pagamento de uma parcela fixa de R$ 2,4 milhões e outra variável, de 3% do valor de venda do Berj.

Os valores, para o MP, especialmente da remuneração variável, foram superdimensionados; a parcela variável, afirmou o órgão, caracterizava um conflito de interesses, uma vez que quanto maior fosse o valor da venda, maior seria a remuneração da FGV.

“Os valores pagos em troca dos serviços prestados pela FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS NÃO representavam a justa remuneração, tendo sido dimensionados a maior. O objetivo foi atingido através de alguns artifícios, notadamente o da estipulação de cláusula de êxito (‘remuneração variável’), malgrado o evidente conflito de interesses – estabelecer o valor precificação para a venda versus receber verba decorrente da mesma venda”, disse o MP do Rio na ação civil pública contra a fundação e seus gestores.

Durante a vigência do contrato, a FGV subcontratou o banco Prosper para fazer a avaliação, que ficaria com metade do valor recebido da parcela variável. A Lava Jato do Rio descobriu depois que o Prosper era usado por Sérgio Cabral, o sucessor de Rosinha, para receber propinas.

Em 2011, o Bradesco comprou o Berj por R$ 1 bilhão (e pagou mais R$ 800 milhões para herdar a folha de pagamentos no estado, origem das propinas para Cabral e seu grupo). A FGV recebeu R$ 28,6 milhões, deveria destinar metade à Prosper e ficar com o restante em caixa.

Parte do dinheiro, no entanto, remunerou os gestores, por meio de empresas subcontratadas ligadas a eles e do próprio Prosper. A manobra é ilícita porque a lei proíbe a distribuição de lucros da fundação, que, em razão de sua natureza, tem imunidade tributária.

Os beneficiados, alvo da ação do MP-RJ são o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, o vice, Sérgio Franklin Quintella, e os diretores Sidnei Gonzalez dos Santos, César Cunha Campos, Ricardo Pereira Simonsen e Ocário Silva Defaveri.

“Os vestígios apontam, unívocos, no sentido da deturpação dos propósitos públicos ínsitos à natureza fundacional da entidade, com a implantação de um padrão gerencial norteado por práticas mercantilistas, com apropriação do renome e da estrutura da FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS, em manifesto desvio de finalidade, prospectando e captando recursos públicos junto à Administração Pública para, após, distribui-los ilicitamente a seus principais gestores”, diz o MP-RJ.

Brasil

Bolsonaro e Caiado participam de manifestação em Ribeirão Preto

28.04.2024 12:38 1 minuto de leitura
Visualizar

Onde assistir Internacional x Atlético-GO: confira detalhes da partida

Visualizar

Estudo revela impactos da poluição em São Paulo

Visualizar

Dino marca audiência de conciliação entre Gilmar e Kajuru

Visualizar

Conheça o Atestmed: revolução digital nos benefícios do INSS

Visualizar

Onde assistir Goiás x Ponte Preta: confira detalhes da partida

Visualizar

Tags relacionadas

FGV Fundação Getúlio Vargas Rosinha Garotinho
< Notícia Anterior

Trump diz que EUA terão de 'aprender chinês' se Biden vencer

11.08.2020 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Vaivém no MEC de Bolsonaro já custou quase R$ 700 mil em auxílio-mudança

11.08.2020 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Redação O Antagonista

Suas redes

Instagram

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (0)

Torne-se um assinante para comentar

Notícias relacionadas

Bolsonaro e Caiado participam de manifestação em Ribeirão Preto

Bolsonaro e Caiado participam de manifestação em Ribeirão Preto

28.04.2024 12:38 1 minuto de leitura
Visualizar notícia
Estudo revela impactos da poluição em São Paulo

Estudo revela impactos da poluição em São Paulo

28.04.2024 12:25 3 minutos de leitura
Visualizar notícia
Dino marca audiência de conciliação entre Gilmar e Kajuru

Dino marca audiência de conciliação entre Gilmar e Kajuru

28.04.2024 12:10 2 minutos de leitura
Visualizar notícia
Conheça o Atestmed: revolução digital nos benefícios do INSS

Conheça o Atestmed: revolução digital nos benefícios do INSS

28.04.2024 12:00 3 minutos de leitura
Visualizar notícia

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.